A proliferação de casos de Covid-19 e de gripe neste início de 2022 tem, novamente, pressionado os sistemas de saúde em Americana, conforme o LIBERAL tem mostrado. A situação, desta vez, não afeta apenas os hospitais, mas até mesmo os laboratórios e farmácias, que passaram a ter uma alta demanda por exames e, agora, sofrem com a dificuldade de manter os estoques de insumos necessários.

Diante do cenário, porém, há de se pontuar ao menos duas questões. A primeira delas é o tratamento dado aos pacientes. Diariamente chegam ao LIBERAL reclamações sobre o atendimento na saúde do município, pública ou privada, especialmente os relacionados à demora ou à dificuldade de se obter informações nos balcões de espera.

É inegável que a Covid-19 também tem afetado os profissionais da linha de frente, o que eventualmente enfraquece os recursos humanos que dão suporte aos doentes. Para muitos pacientes, entretanto, enfrentar a fila do consultório não é uma opção, mas uma necessidade. E, a estes, muitas vezes o que lhes faltam não é um atendimento em 5 minutos, mas transparência.

O médico faltou? Os exames estão demorando? Como funciona a ordem de atendimento? Em quanto tempo posso ser atendido? Preciso estar no hospital? A informação pode ser um grande remédio para muitos.

Na segunda questão, é importante destacar que, mesmo diante de um cenário em que o número de casos positivos, ao menos em Americana, deverá bater o recorde de toda a pandemia, a ocupação de leitos e a taxa de mortalidade têm sido bem aquém de momentos como a pior onda da crise sanitária, em junho. As internações em UTIs estão menores do que nas enfermarias e, pela quantidade de pessoas doentes, o número de mortes se mantém ainda em um dígito na cidade. Se para alguns é fruto do acaso ou de alguma conspiração, para a ciência, não há outra explicação: é vacina.