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Editorial

Rodovia da morte

Reduzir as estatísticas de mortes na SP-304 passa por um trabalho que deveria ter mais relevância na ordem do dia do Estado e dos municípios

Por Redação

30 de maio de 2021, às 07h45

A expressão que serve de título para este editorial é como muitos motoristas se referem à Rodovia Luiz de Queiroz (SP-304), especialmente os que a enfrentam diariamente no caminho para as cidades da região, como Piracicaba e Campinas, ou mesmo para a circulação entre Americana e Santa Bárbara d’Oeste, onde as pistas dividem e limitam ambos os territórios por cerca de 29 quilômetros.

O apelido negativo não é por acaso. Com frequência, a SP-304 é palco para acidentes que chocam a região e se tornam notícia. Nesta sexta-feira, por exemplo, o trecho da rodovia que passa por americana foi local de morte para três pessoas. Duas delas atropeladas durante a madrugada, por um ônibus. Outra, uma mulher de 72 anos, vítima de um acidente de trânsito aparentemente causado por um problema mecânico, durante a tarde.

Pelo desenvolvimento ao seu redor, a Rodovia Luiz de Queiroz se tornou uma grande avenida entre Americana e Santa Bárbara, o que fez das suas pistas ponto de tráfego intenso. As altas velocidades permitidas, no entanto, parecem contrastar com a pouca prudência exibida por muitos motoristas, cujo comportamento leva a, não apenas causar acidentes, mas de ser impossível, muitas vezes, de evitá-los. O fim da fiscalização por radares, em novembro, e a impossibilidade de onipresença semelhante da Polícia Militar Rodoviária reduzem ainda mais a segurança da pista.

De 168 mortes no trânsito em Americana desde 2015, 33 ocorreram na SP. Reduzir essa estatística passa por um trabalho que deveria ter mais relevância na ordem do dia dos governos do Estado e dos municípios que dependem dela. A segurança da rodovia se melhora com investimentos em infraestrutura e engenharia. A imprudência dos motoristas, com educação, fiscalização e punição. Enquanto nada disso for feito de forma incisiva, a pecha de rodovia da morte não se desfazerá.

O Liberal

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