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Editorial

Retomada interrompida

Por Redação

01 de dezembro de 2020, às 08h00 • Última atualização em 01 de dezembro de 2020, às 08h01

Se para muitos o retorno das restrições para combater o novo coronavírus (Covid-19) tinha a ver com as eleições, a decisão do governador João Doria (PSDB), neste sentido, em anúncio nesta segunda-feira corroborou para a tese que se popularizou nas últimas semanas. Coincidência ou não, o recuo da maior parte das regiões do Estado para a fase amarela soa como uma necessidade para conter, antes do pior, um novo avanço do vírus contra a população.

O que se vê é uma piora em ocupações de leitos e registros de novos casos e mortes. Não apenas em São Paulo, mas em outros Estados do País, como Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Nos últimos dias, especialistas e membros do comitê paulista de combate à Covid-19 já falavam sobre a necessidade de conter a flexibilização. Havia, inclusive, sugestão no sentido de se recuar para fase mais restritiva, como a laranja.

A volta à fase amarela, porém, se dá num contexto complicado. Em uma quarentena que já passa dos oito meses, o recuo no plano ocorre às vésperas das festividades de final de ano. Fora isso, como já enfatizado, há uma clara exaustão da população quanto às medidas de prevenção. O uso de máscara se tornou menos recorrente e as aglomerações são registradas aos montes, seja em situações particulares ou em estabelecimentos diversos. Os jovens, por exemplo, têm sido apontados com um dos vetores de uma provável nova onda, dada à exposição a que se submetem.
E colabora para o insucesso da prevenção, que leva a novos casos, a dificuldade – ou falta de vontade – do poder público, especialmente a nível municipal, de guiar, alertar e fiscalizar o comportamento da comunidade diante do risco à saúde pública.

Restará saber se a conscientização sobre a prevenção será reforçada com brevidade, diante deste alerta do governo, ou se aguardará que a pandemia piore. Espera-se a primeira opção.

O Liberal

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