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Editorial

Rede de saúde preparada

Por Grupo Liberal

03 de abril de 2020, às 11h31 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 11h32

Para além dos números de suspeitas, contaminações e mortes pelo novo coronavírus (Covid-19), há uma preocupação sobre qual seria a estrutura de saúde no País para enfrentar a epidemia. Estados Unidos, Espanha e Itália, por exemplo, sofrem com o adoecimento de profissionais de saúde, a falta de leitos e de equipamentos para tratar, principalmente, os doentes maigraves.

A pandemia pode ter um efeito devastador não pela característica de ser uma gravíssima doença ou não, mas exatamente pela contaminação numerosa que pode provocar. É sabido que a maior parte dos que são diagnosticados com a Covid-19 se cura. Os casos graves e os óbitos são uma pequena parcela das estatísticas.

Por ser uma doença nova, a contaminação tem chances enormes de afetar uma grande parte da população mundial. Afinal, quem está imunizado a ela? Tendo uma grande quantidade de casos, é ainda maior a probabilidade de o sistema de saúde ser acionado, desde atendimentos mais simples a ocorrências de alta complexidade, que demandem UTIs e aparelhos como respiradores pulmonares. Esta sobrecarga, em tão pouco tempo, é que pode ser fatal a casos menos graves, que poderiam ser facilmente tratados se houvesse atendimento disponível nos hospitais.

Nos últimos dias, o LIBERAL revelou dados importantes em Americana sobre leitos e equipamentos. A rede pública e privada da cidade tem, segundo informações da prefeitura, 63 leitos de UTI, mas nem todos livres a todo momento. Um cálculo simples mostra que o número é baixíssimo para o que projeta nesta pandemia, cuja subnotificação parece cada vez mais evidente no País.

Por isso, o isolamento social, o fechamento do comércio, a construção de hospitais de campanha, a criação de novos leitos de complexidades menores, a reativação de espaços públicos e unidades de saúde, a redistribuição de pessoal bem como a aquisição de equipamentos estão longe de soar algo exagerado ou histeria. Os municípios precisam estar preparados para o pior.

O Liberal

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