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Editorial

Recuperação da Nardini

Por Redação

30 de outubro de 2020, às 08h23

A Indústrias Nardini se encontra, há anos, em uma situação de precariedade financeira, administrativa e trabalhista. Do que se passa nos galpões do cruzamento das ruas Monsenhor Bruno Nardini com São Salvador, em Americana, é difícil encontrar boas notícias.

Nos últimos anos, o que se vê é uma total degradação das atividades da empresa e um levantamento de irregularidades supostamente praticadas por pessoas físicas, que participaram de sua administração ou que, de forma suspeita, continuariam tendo controle sobre ela.

Foi com o intuito de cessar os danos que, recentemente, o Ministério Público do Trabalho em Campinas processou a empresa por danos morais e prática de dumping, em uma ação em trâmite cujo objetivo é garantir uma verba milionária para reparar ex-colaboradores.

Para além de qualquer crise econômica que tenha se abatido sobre a empresa nos últimos anos, há de se ponderar que a Nardini se encontra num emaranhado de suspeitas sobre transações ilegais, ocultação de patrimônio e sonegação de impostos. Antigos sócios da empresa chegaram ser condenados à prisão por crimes contra a ordem tributária e até presos.
É neste cenário, de incerteza e penúria, que a Nardini apresentou à Justiça em Americana um pedido de recuperação judicial, numa tentativa de se reerguer. Os documentos juntados ao processo dão a dimensão do tamanho do problema da empresa, que se diz ainda viável.

Nas mãos da Justiça, entretanto, agora está uma decisão que pode mudar o rumo da indústria e seus atuais e antigos colaboradores. Estes, no caso, talvez devam ser ponto central da discussão sobre a situação da Nardini, dado o histórico de frustração de direitos trabalhistas da empresa, uma lamentável mácula em uma das indústrias mais tradicionais de Americana.

O Liberal

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