A disputa pela presidência da Câmara de Americana costuma ser acirrada e provocar uma montanha-russa nos bastidores da política. Em 2016, a escolha de Alfredo Ondas (MDB) foi fruto de uma articulação intensa nos dias anteriores até a hora da votação, que contou até mesmo com a blindagem de vereadores para que não caíssem nas propostas de rivais.

Dois anos depois, a escolha de Luiz da Rodaben (Cidadania) para o comando do Poder Legislativo americanense foi igualmente fruto de muita negociação, porém, com placar mais elástico, de 13 a 6 contra o candidato Odir Demarchi, então no PR.

Diferente, ao menos, de 2018, a escolha para a presidência da câmara neste ano tende, novamente, a ser agitada. Primeiro porque a mudança de legislatura, com a eleição de novos vereadores, costuma ser o ponto de partida para acordos que estão surgindo entre apoiadores e oposicionistas. Algo bem diferente do que se vê em uma eleição à presidência no meio de mandato.

Em segundo lugar, os nomes que se colocam como postulantes ao comando legislativo já são vários e, alguns, integrantes do mesmo grupo ou partido. Neste caso, são exemplos Thiago Martins e Léo da Padaria, ambos do PV, e Thiago Brocchi (PSDB) e Nathália Camargo (Avante), que estiveram do mesmo lado na coligação de Rafael Macris (PSDB), apesar da dissidência escancarada de Brocchi.

Corre por fora Gualter Amado (Republicanos), nome que se notabilizou pelas críticas ao governo Omar. E pode ser uma “surpresa esperada” a continuidade de Luiz da Rodaben, atual presidente e aliado do prefeito eleito Chico Sardelli (PV).

Em todo caso, a expectativa é de que a disputa se afunile para nomes que ganhem um peso maior nas negociações. Independente da escolha, espera-se que o eleito seja fiel não aos poucos que o colocaram na presidência, mas às centenas ou milhares de eleitores que os colocaram na câmara.