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Presença Digital

Você é uma empresa, não um digital influencer!

As mídias sociais motivou que muitas empresas colocassem seu foco no que chamamos no marketing digital de “métricas da vaidade”

Por Ronnye Freitas e Ricardo Forti

03 de setembro de 2021, às 14h10 • Última atualização em 03 de setembro de 2021, às 14h23

O único fator que deveria ser analisado para averiguarmos se uma empresa é ou não bem-sucedida é o seu lucro. Sim, não adianta inventar, podemos discutir aqui sobre o papel social de uma empresa, seu propósito, ou ainda os benefícios que ela traz para a sociedade, porém, mesmo neste mundo engajado que vivemos, se ela não gera lucro, tudo não passa de conversa fiada.

No mundo digital também é assim. Sabemos que há um fator que é desejado e perseguido pela maioria das empresas: poder “influenciar digitalmente”, independente do que isso representa na prática. Vemos diariamente empresários e tomadores de decisões realmente muito preocupados se suas redes sociais são visitadas, se seus posts recebem curtidas, e caindo no erro de comparar o seu “sucesso digital” com o de influenciadores “famosinhos” da Internet.

Claro que esse comportamento tem um porquê. O advento das mídias sociais possibilitou que as empresas fossem protagonistas na comunicação, já que através delas a companhia pode conversar diretamente com o seu consumidor, com acesso a cada reação dele nas redes sociais. Porém, esse comportamento também motivou que muitas empresas colocassem seu foco no que chamamos no marketing digital de “métricas da vaidade”.

As métricas de vaidade são números como curtidas em posts, seguidores de redes sociais, entre outras informações, que, isoladamente, não servem para tomar decisões, nem para conhecer a saúde da empresa. São resultados que podem ser importantes para influenciadores digitais, porém, para uma empresa, não devem ser considerados de maneira isolada, pois, na maioria das vezes, não representam os resultados reais.

Em outras palavras, nada adianta a empresa buscar os resultados baseados nas métricas da vaidade como likes em posts, reações e seguidores, se no mundo real ela não consegue alavancar suas vendas e aumentar sua participação no mercado.

Mais do que “curtidas”, o retorno real deve ser sempre buscado e mensurado.

Se um influenciador digital baseia suas ações em aumentar seus seguidores e reações, uma empresa deveria basear seus resultados no aumento do ROI (Return Over Investment, ou simplesmente, retorno sobre o investimento). Essa é uma métrica financeira baseada na relação entre o dinheiro ganho e o dinheiro aplicado em um investimento. No caso do marketing digital, é a relação entre o dinheiro investido em uma ação ou campanha e o retorno em vendas por ela obtido.

Devemos sempre lembrar que se há retorno, há necessidade de investimento. Muitas empresas ainda acreditam que podem ter resultados atuando organicamente em suas redes sociais, mas isso está cada vez mais difícil. Prova disso é que o alcance médio de uma postagem orgânica em uma página do Facebook gira em torno de 5,20%, ou seja, aproximadamente um em cada 19 fãs assiste ao conteúdo não promovido da página (sem impulsionamento).

Quando há investimento da maneira correta e a empresa foca uma campanha em sua persona, isso é, no seu cliente ideal, através de uma boa ação de marketing digital, certamente ela poderá obter um ótimo ROI. Sendo assim, a campanha terá um bom retorno, com um perceptível aumento das vendas, mesmo que a ação não tenha proporcionado um aumento expressivo nas curtidas e seguidores.

Redes Sociais, apenas a pontinha do Iceberg.

Para a maioria das empresas, investimento em marketing digital está sempre ligado a postagens em redes sociais, porém, isso é apenas a ponta do iceberg. Há um universo de ações que devem ser implementadas em conjunto e que, apesar de na maioria das vezes não serem perceptíveis aos olhos, são muito mais responsáveis por um ROI positivo do que o engajamento das postagens ou aumento de seguidores nas redes.

Compõe estas ações as estratégias de Inbound Marketing e marketing de conteúdo,  responsáveis por atrair os clientes corretos e gerar autoridade junto ao público, além da gestão de tráfego (responsável pelos anúncios no Facebook, Instagram e Google) e da melhoria do posicionamento nos buscadores (SEO), entre outras estratégias que devem sempre ser executadas em conjunto para a criação de um verdadeiro ativo digital.

Concluindo, os empresários e tomadores de decisões devem ter os olhos no ROI e não se importar de maneira exagerada com as reações em suas postagens ou com o número de seguidores em suas redes sociais, uma vez que a construção de um patrimônio digital de uma empresa só é possível através da busca de um ROI positivo. Quando conseguimos isso, as métricas da vaidade tendem a acompanhar o resultado positivamente também.

Ronnye Freitas / Ricardo Forti

Tudo o que você precisa saber sobre como empreender na internet, por Ronnye Freitas e Ricardo Forti, sócios de uma agência de marketing em Americana