Em junho do ano passado, uma reportagem do LIBERAL mostrava como o quadro de servidores da Prefeitura de Americana havia encolhido. Na comparação, mostrou-se que, em 2012, a máquina pública tinha 5.214 funcionários, número que, nove anos depois, em 2021, despencou para pouco mais de 4 mil.

Sabe-se muito bem que o funcionalismo é um dos pilares da administração municipal. Prover um bom serviço público depende de gestão de recursos financeiros e humanos, algo que passa, obviamente, pela capacidade dos próprios trabalhadores, impulsionada pelas lideranças. Nada muito diferente de uma empresa, mas, no caso da Prefeitura de Americana, e de outras Brasil afora, a maior empresa da cidade, regida por legislações complexas e diversas e fiscalizada de uma maneira muito diferente da iniciativa privada. Não é para menos. Pelas receitas e despesas de uma empresa como esta, pública, passa o sagrado dinheiro do povo, fruto dos impostos que todos pagamos.

Por isso, tem razão a secretária municipal da Fazenda, Simone Inácio de França Bruno, ao destacar durante audiência nesta semana, com veemência, que a cidade precisa repor os muitos servidores que deixaram de servir ao público nos últimos anos. Ou seja, a prefeitura precisa contratar para que reflexos em setores fundamentais, como Educação e Saúde, não sofram com o problema – o LIBERAL, por vezes, tem mostrado indícios de que isso vem ocorrendo já há algum tempo.

Com o afrouxamento das restrições legais impostas pelo período de pandemia, a prefeitura planeja promover um concurso público e deve tirá-lo do papel em breve. Bem planejado, fará bem. O momento, ao menos, é outro. Se há poucos anos a cidade vivia um descalabro financeiro e administrativo causado por gestão passada, há de se admitir que o trabalho de recuperação já foi, em grande parte, superado. A hora é de avançar.