Os Jogos Olímpicos estão sendo realizados em Paris. Este importante acontecimento esportivo e a comemoração de aniversário de 151 anos de Santos Dumont, no dia 20 de julho, me fizeram inspirar e escrever este artigo. Foi nos céus da França que o notável grande cientista ganhou destaque mundial. Em 1894, por iniciativa do barão Pierre de Coubertin, idealizador dos Jogos Olímpicos da era moderna, era fundado o COI (Comitê Olímpico Internacional).

Em 1901, o COI criou o Diploma Olímpico, sendo que a finalidade era premiar personalidades pela notável contribuição em prol do esporte ou apoio relevante na divulgação do ideal olímpico. Em 1905, o COI esteve reunido em Bruxelas e outorgou a Santos Dumont o Diploma Olímpico pelo seu desempenho na conquista dos céus, pelos prêmios obtidos e recordes nos concursos do nascente esporte da aviação, devidamente registrados pela FAI (Federação Aeronáutica Internacional).

De grande popularidade, elevado espírito esportivo, perseverante em alcançar os seus objetivos, desejo permanente de competir e bater recordes, fez do grande cientista um dos principais incentivadores na divulgação do lema olímpico: citius, altius, fortius (o mais rápido, o mais alto, o mais forte).

Além do grande cientista estavam entre os primeiros outorgados deste diploma o presidente Theodore Roosevelt, dos Estados Unidos; o explorador polar Fridtjof Nansen, da Noruega, e William H. Grenfell, educador do Reino Unido. Desde a criação do Diploma Olímpico, em 1901, as quatro personalidades foram pioneiras em receber esta honraria. O primeiro laurel olímpico atribuído ao Brasil e à América Latina foi a obra de Santos Dumont e da aviação. Com o recebimento deste diploma podemos afirmar que o grande cientista é o primeiro herói olímpico brasileiro. 

Carlos Roberto Bertollo
Estudioso da lenda de Ícaro e criador de réplicas de aeronaves