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Perspectivas e desafios do varejo

Por Daniel Cerveira

11 de janeiro de 2022, às 07h44

Como o varejo lida com pessoas a sua dinâmica é fascinante. A inclusão de novos elementos é constante, tais como o “live commerce” e a “entrega superrápida”. No Brasil, do ponto de vista econômico, levantamentos preveem um crescimento na casa de 1% para o varejo restrito, que não inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção.

A consultoria Tendências aponta 1,1% de crescimento neste ano. Salvo alguns segmentos específicos, os comerciantes enfrentarão dificuldades nas vendas em virtude da inflação alta, desemprego elevado e retração do crédito.

No que tange ao setor de “food service”, fortemente afetado pela pandemia de Covid-19, segundo a Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimento), a perspectiva para 2002 é uma elevação no faturamento entre 15% a 20%.

Junta-se ao cenário a incerteza ainda presente no que se refere ao término da pandemia e a eventual determinação de novas restrições que podem ser impostas pelos governadores.

Importante ressaltar que a base de comparação é muito pequena e que nem todos os lojistas conseguiram, até o momento, retomar as vendas.

Os estabelecimentos físicos ainda precisam enfrentar alguns locadores e shopping centers que se mantêm inflexíveis quanto aos valores dos aluguéis. Como advogado, noto uma tendência de que continuem ativas as negociações dos lojistas visando reduzir o custo de ocupação.

O fato é que, além do aluguel, as outras verbas cobradas pelos shoppings são excessivamente altas, tornando muitas operações inviáveis no curto prazo. Cumpre lembrar que alguns locadores exigem, em razão a rescisão dos contratos de locação, o pagamento de multas elevadas, devolução de descontos e outras penalidades.

Embora a entrada de novas lojas não para vejo que alguns estabelecimentos serão fechados. O número absoluto de empresas e famílias envolvidas é muito grande, o que, portanto, demanda uma atenção especial do Poder Público para incentivar o setor e salvaguardar os empregos.

Daniel Cerveira é advogado e consultor jurídico do Sindilojas-SP

Colaboração

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