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Oposição e oposição
Por João Rodella
29 de julho de 2021, às 08h07
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Se a unanimidade é burra, como definiu Nelson Rodrigues – e parece que é – então toda oposição tem que ser inteligente para aproveitar-se das brechas, além de construtiva, idealista, ética e vigilante.
Se se tornar destrutiva e antipovo e se não substituir aquilo que destrói por algo mais adequado, mais palatável e que indique rumos seguros para a administração que combate, estará cometendo desperdício lesa Pátria.
Ser oposição simplesmente por ser é receber salário pago pelo povo e nada produzir, às vezes até sendo erva daninha onde vicejam algumas propostas exequíveis.
Que é necessária, não se discute. Faz parte do jogo democrático tão chamuscado. Sem ela a situação nada de braçada, deita, rola e enrola e nada de proveitoso realiza, apenas permitindo-se manter o status quo e as primazias às vezes ignóbeis. Quem perderia então? O povo, o dono do poder. E o que aconteceria? Sem ideias novas seja da ala A ou B, todas as administrações cairiam num marasmo de causar sono, somente preocupadas com o polpudo holerite.
O que compete ao poder central? Instigar – leia-se cutucar – para que, estando em desacordo seja quanto ao mínimo ou ao máximo, a oposição enriqueça as propostas, resultando no avanço administrativo pró povo, chegando-se ao consenso comum.
Sonhador, eu? Sempre serei. O País, por intermédio de seus representantes, tem que visar sempre o futuro. Temos potencial para melhores e maiores realizações, diminuição das injustiças e distâncias sociais e projeção mundial.
Avante, classe política e entidades dinâmicas da sociedade cristã. Já. Adiar é relaxar e deixar o tempo passar.
João Rodella, do Espaço Literário Nelly Rocha Galassi
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