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Editorial

O tamanho da crise

Por Redação

26 de agosto de 2020, às 08h23

Em reportagem publicada ontem, o LIBERAL revelou números que dão a dimensão de como o emprego tem sido afetado pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) em Americana. Os dados do Observatório da PUC-Campinas apontam que ao menos 32 mil contratos de trabalho no município foram, de alguma forma, readequados de acordo com o programa do governo federal que permitia redução de jornada ou suspensão.

A estatística, por si só, já representa um contingente de trabalhadores significativo da cidade. Mas, se colocada em perspectiva diante do total de contratos em Americana, mostra o tamanho do impacto. Segundo o Ministério da Economia, o município tinha, em julho, cerca de 68 mil contratos de trabalho ativos. Ou seja, quase metade foi afetada pela pandemia. A quantidade coloca Americana como a terceira cidade na RMC com mais empregos sob o regime de flexibilização.

No município, a maior parte dos contratos sofreu a suspensão por parte do empregador. Foram cerca de 15 mil nessa condição. Depois, a modalidade mais utilizada pelas empresas foi a de redução de 50% da jornada. Além de os números mostrarem o quanto o mercado foi atingido pela crise da Covid-19, eles também deixam sob suspense qual será o futuro destes empregos quando a retomada das atividades se concretizar. A flexibilização terá sido suficiente para que as demissões não sejam uma realidade futura?

O momento inédito torna difícil fazer qualquer previsão – o próprio governo, temendo que a economia teime em se manter na pandemia, já prorrogou a possibilidade de reduzir ou suspender contratos. Enquanto se espera pela tão aguardada vacina, a evolução das contaminações e mortes e o próprio comportamento da população podem ser um sinal mais forte do que está por vir. A expectativa, é claro, é por dias melhores.

O Liberal

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