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Papo de Finanças

O que é Transformação Digital?

Inovações do mercado financeiro tem como base a digitalização e com isso é possível considerar essa reformulação como uma transformação digital

Por Nivaldo Camillo

14 de março de 2022, às 10h23 • Última atualização em 14 de março de 2022, às 10h24

O mercado financeiro vem passando por uma reformulação na qual surgem muitas inovações. A maioria delas, tem como base a digitalização e com isso é possível considerar essa reformulação como uma transformação digital.

Mas o que é a transformação digital? Como podemos associar essa tendência ao movimento do mercado financeiro?

Para responder a essas perguntas é preciso saber que existem dois modelos de transformação digital: a transformação digital de primeira e a de segunda ordem.

A Transformação Digital de Primeira Ordem diz respeito à utilização, por parte das empresas, de tecnologias que estão surgindo ou que já estão maduras no mercado, para oferecer novos produtos ou serviços aos seus clientes. Este é um processo que vem ganhando força, principalmente ao longo da pandemia, quando as organizações de todos os setores, de alguma forma, tiveram que se digitalizar para manter-se no mercado.

Ainda dentro da Transformação Digital de Primeira Ordem, podemos considerar as empresas que implementaram a digitalização internamente, para permitir que suas equipes possam dar continuidade aos seus trabalhos, sobretudo em meio à pandemia. O uso de tecnologias relacionadas a comunicação, como as ferramentas Microsoft Teams, Zoom, Google Meeting, entre outras, foram marcos importantes nessa etapa das transformações.

Muitas empresas utilizaram estas mesmas ferramentas para oferecer cursos, webinars e palestras, podendo assim, manter as suas operações. Outras tecnologias foram usadas, como ferramentas digitais de logística, de solicitação de envios e delivery, por exemplo. No entanto, o uso destas tecnologias seguindo suas funcionalidades, não representa necessariamente uma inovação por parte da empresa. Ao passo que, se essas ferramentas fossem utilizadas de uma maneira nova e diferente, para alcançar até mesmo outros objetivos, aí sim, seria inovador!

Muitas dessas tecnologias são baseadas em plataformas desenvolvidas e oferecidas para todos. Isso permite que sejam adotadas por concorrentes, implementando, inclusive, as inovações criadas por empresas que encontraram um novo caminho. Com o tempo, o mercado passa a usar essa tecnologia em massa, transformando o que era um diferencial, em um commoditie.

Já a Transformação Digital de Segunda Ordem diz respeito ao desenvolvimento de novas plataformas e ferramentas, deixando de utilizar apenas as que são padrão no mercado. O objetivo é oferecer essas ferramentas às empresas que vão utilizá-las de modo massivo.

Assim, segue-se o ciclo: empresas que começam a utilizar essas ferramentas criadas por outras, adotam a Transformação Digital de Primeira Ordem. A empresa que desenvolveu a plataforma, diferente da que a usa, tenderá a ser afetada muito pouco, ou quase nada, por concorrentes, já que o desenvolvimento é mais complexo que apenas o uso. E consequentemente, adotam a Transformação Digital de Segunda Ordem.

Em geral, as empresas que se tornam unicórnios usam Transformação Digital de Segunda Ordem, como por exemplo o iFood, Uber, Zoom, etc. Todas oferecendo as suas plataformas para que outros utilizem.

Este mercado está apenas no começo e notamos que ainda existe um espaço gigantesco para que existam novas plataformas, principalmente no segmento financeiro.

No próximo artigo vamos discutir a transformação digital, o markeplace e o mercado financeiro!

Nivaldo Camillo é diretor executivo da Cocre. Este artigo foi produzido com a colaboração de Fernando Arbache

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Para quem gosta de cuidar do próprio dinheiro, toda semana informações sobre educação financeira, investimentos, ESG e cooperativismo. Blog assinado pelos especialistas Nivaldo José Camillo de Oliveira, Paulo Massarutto e Evandro Piedade do Amaral.