A Fidam sempre foi um dos grandes espaços para eventos em Americana. Ainda que outros tenham surgido nas últimas décadas, o prédio na Avenida Nossa Senhora de Fátima nunca deixou de ser uma referência ao município, atraindo todo tipo de atividade e se tornando, inclusive, memória afetiva na lembrança de muitos americanenses. Sessenta anos depois de seus primeiros eventos, sua relevância para a comunidade continua indiscutível, haja vista o poder que tem de atrair e transformar positivamente iniciativas com as quais se envolve.

Um grande exemplo dessa característica que a torna referência foi o que se viu no último inverno. Durante uma semana de frio extremo pela região, o galpão da Fidam serviu de abrigo para pessoas em situação de rua, uma iniciativa realizada por voluntários do município, com apoio do poder público.

O mero envolvimento do espaço ajudou a dar visibilidade à ação e fez com que a mobilização popular para acolher e dar condições a quem poderia sofrer com as baixas temperaturas nas ruas fosse considerada um sucesso, tamanha a quantidade de doações e de apoio recebido, inclusive deste jornal.

O anúncio, na última semana, dos planos para a realização, em 2023, de uma feira sobre tecnologia têxtil é o tipo de notícia que se espera para que a Fidam continue relevante junto à comunidade. O evento, que é dos maiores do setor realizado no País, vem bem a calhar em uma cidade e região que são justamente conhecidas pelo poderio na indústria de fios e tecidos.

Soa mais do que necessário, portanto, conservar e manter vivo tal protagonismo da Fidam. Sua capacidade de promover e dar espaço a iniciativas que visam o bem comum e o desenvolvimento social e econômico do município permanecem como seu maior ativo. Tratada com zelo, pode ser ainda mais importante no processo de valorização da comunidade e na retomada do período pós-pandemia.