O maior inimigo do presidente Jair Bolsonaro, que pretende se reeleger, não é o Lula que saiu da gaiola como um passarinho leve e solto. Também não é Sergio Moro, que apesar de armar a trama contra Lula ainda goza de muito prestígio e Ibope, por ter feito excelente Operação Lava Jato com a prisão de grandes tubarões da corrupção. O maior inimigo também não é o garboso e vaidoso João Doria, que sonha trocar os ares de São Paulo por Brasília. Também não é o bocudo e destemido Ciro Gomes, que quer tomar o lugar do carismático Lula.

Já disse e escrevi várias vezes que todo político do mundo brasileiro gostaria de ter recebido a oportunidade que Bolsonaro teve. Ele recebeu apoio do Congresso para distribuir dinheiro como o auxílio emergencial, teve e tem apoio dos presidentes da Câmara dos Deputados e o Presidente do Senado.

Bastava o senhor presidente se solidarizar com as pessoas devido ao elevado número de mortes pela Covid-19. Fazer aquilo que todos governantes do mundo fazem, ou seja, comparecer ao lado do povo.

O polêmico, teimoso e autoritário Bolsonaro vem batendo de frente com os médicos. Entrou com essa receita vulgar de cloroquina, desfilou em Brasília junto a grupo de “babacas” sem máscara e bem por isso o Brasil está cheio de “babacas” andando nas ruas sem máscara. Falou ao povo para deixar de “mimimi”.

Insultou Doria, menosprezou o honrado Instituto Butantan e a China! O Butantan está sendo o maior defensor do povo!

Portanto, o maior inimigo do presidente que quer se reeleger chama-se Jair Bolsonaro. E para piorar agora está sendo alvo de uma CPI. Pode até ser que Jair reverta essa situação. Mas, para isso terá que calçar a sandália da h umildade, deixando a arrogância, usar máscara e gel, vacinar, ser mais diplomático, chegar junto ao povão com dignidade.

Oswaldo Vicentin
Contador, jornalista e escritor