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Presença Digital

O jogo virou: por que as empresas falham na era digital?

No mundo digital, o consumidor tem poder nas mãos e, como na vida real, é ele que escolhe no que focar sua atenção

Por Ronnye Freitas e Ricardo Forti

10 de dezembro de 2021, às 10h53 • Última atualização em 10 de dezembro de 2021, às 11h09

Era um dia comum, estávamos almoçando em um shopping quando começamos a observar a praça de alimentação e bater um papo sobre e o comportamento de compra das pessoas. Dentre elas, crianças, jovens, adultos e profissionais, divididos aparentemente numa proporção de 40% masculina e 60% feminina.

Ao observar mais atentamente, e levando em consideração que todas as pessoas naquela praça têm a liberdade de escolher o produto a ser consumido, uma coisa é facilmente constatada: havia filas em alguns estabelecimentos, enquanto outros estavam “totalmente” vazios.

Com isso, algumas dúvidas começaram a surgir, como:

  • Por que será que isso acontece?
  • Quais são as possíveis variáveis que impactam na decisão de compra daquelas pessoas?
  • Por que em alguns estabelecimentos as filas eram enormes enquanto outros pareciam invisíveis para os consumidores que ali transitavam?
  • Será a qualidade dos alimentos, o sabor, a apresentação?

Sim, todos esses fatores impactam a decisão do consumidor, mas certamente não são apenas eles.

Por mais incrível que pareça, o mundo digital pode ser muito similar ao “mundo real”. Na Internet, algumas empresas conseguem se destacar, conseguindo uma verdadeira legião de seguidores, fãs e clientes, enquanto outras simplesmente não são capazes de nem ao menos serem notadas, ficando à deriva neste oceano de bytes.

Dentre os vários fatores que contribuem para que isso aconteça, há o fato de que as empresas recaem no erro de se comunicarem como no passado. No mundo digital, o consumidor tem poder nas mãos e, como na vida real, é ele que escolhe no que focar sua atenção. Aquilo que não gera interesse, é rapidamente ignorado neste mundo inundado de muitas informações.

O consumidor está muito mais preparado e tem acesso a qualquer informação em tempo real. Isso beneficia diretamente as empresas que, ao invés de simplesmente ofertar, conseguem mostrar seus benefícios, gerar conexão com seu consumidor e contar uma boa história do seu produto ou serviço.

Se sua marca não percebeu ainda a real importância de prestar atenção no conteúdo que dissemina, em todos os ambientes deste novo e poderoso ambiente de negócios chamado “Internet”, ela ficará muda e obsoleta.

Como todos já percebemos, estamos blindados contra a propaganda mecânica, as ligações “frias” de telemarketing, aos scripts de vendas engessados. As empresas precisam entender que a percepção de valor é tão importante quanto a proposta de valor, e conquistar essa percepção é cada vez mais difícil. Ela deve ser construída junto com a audiência, criando assim, uma comunidade digital que se ajunta ao redor de interesses em comum.

A batalha pela atenção nunca foi tão grande, e saber se posicionar na mente dos consumidores é essencial para qualquer negócio. Basta observar que estamos mais tempo no celular do que prestando atenção ao mundo real.

Antes de alguém comprar o seu produto ele precisa consumir o seu conteúdo, e antes de saber sobre o lançamento de um novo produto, ele precisa ao menos seguir a sua marca.

Perante essa realidade, o que fazer?

Bom, não há fórmulas prontas, mas, podemos destacar algumas ações que podem fazer toda a diferença:

  • Antes de comprar o seu produto, entenda que a audiência precisa consumir o seu conteúdo.
  • Crie um relacionamento com seu cliente: mostre benefícios, compartilhe o seu melhor, o seu dia a dia e mostre como você pode resolver a dor do seu cliente;
  • Ao invés de simplesmente ofertar seu produto, gere valor. Como? Entreter, Educar, Dialogar. Essa é a tríade que deve acompanhar sua estratégia de conteúdo para gerar valor para a sua audiência, muito antes de pensar na venda;
  • Conte a história da empresa, do seu produto, do seu propósito;
  • Nós compramos de quem confiamos, por isso seja sempre autêntico e transparente.
  • Quantas pessoas no seu bairro, cidade, estado, país e mundialmente conhecem o que sua empresa tem a oferecer de melhor?

Por fim, lembre-se:

Não vai adiantar, em um futuro próximo, caso venha fechar as portas, dizer “fui engolido pelo mercado, pela concorrência ou pelo governo”.

O marketing agora é transparente, leve, enxuto, pessoa a pessoa e todos nós temos ferramentas poderosas em nossas mãos. Ou, você ainda desconfia disso?

Ronnye Freitas / Ricardo Forti

Tudo o que você precisa saber sobre como empreender na internet, por Ronnye Freitas e Ricardo Forti, sócios de uma agência de marketing em Americana