Finalizando o tema, visitando os Estados Unidos, Santos Dumont se envolveu com a jovem Alice Roosevelt, filha do presidente Theodore Roosevelt. Em 1902, o jornal The New York Times publicou a intenção do grande cientista em torná-la a primeira mulher a embarcar em seu novo navio (dirigível). Isso não se realizou.

Em 1905, o jornal americano Chronicles, de Houston, publicou na coluna “In Gotham’s Society” o romance do aviador com a jovem Lurline Spreckels, filha de um milionário americano. Residente em Paris, ela felicitou o aeronauta de quem gostava e era correspondida. O relacionamento não era visto com bons olhos pela mãe. Para por fim ao romance, ela partiu com a filha para os Estados Unidos.

A atriz da Comédie Française, Cécile Sorel, costumava jantar e passear de automóvel com ele. Em 1916, o grande cientista viajou ao Chile para participar do Congresso Panamericano de Aeronáutica e lá conheceu a jovem Luiza Villagram. O seu retrato até hoje é conservado na casa “Encantada”, em Petrópolis. No Brasil especulações sobre a vida amorosa do grande cientista tiveram destaque com a famosa amiga, a jovem Yolanda Penteado.

Em sua biografia “Tudo em Cor de Rosa”, ela revela que conheceu o cientista quando ele tinha 42 anos e ela 16. O seu último envolvimento foi com a jovem Janine Voisin, filha do inventor e piloto francês Gabriel Voisin, amigo de Santos Dumont. Em 1972, o Jornal do Brasil publicou uma entrevista com Dona Amélia Ferreira Mendes, na época com 90 anos. Ela disse que quando tinha 18 anos teve um envolvimento com Santos Dumont, o qual lhe deu de presente uma foto autografada. Em 1929, três anos antes de sua morte, em um desenho, Santos Dumont escreveu que o dirigível, o biplano e o monoplano eram a sua família.

Carlos Roberto Bertollo é estudioso da lenda de Ícaro e criador de réplicas de aeronaves