Você deve estar se perguntando: – Por que alguém faria uma declaração dessas em público? Respondo: – Só se for por amor! E foi… amor à primeira vista, quando nos fitamos pela primeira vez. Lembra da música? – “Quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar…”

E tem mais: ao me apresentarem a você – eu, todo frágil, inseguro –, você logo me estendeu a mão e me recebeu de braços (sorriso e coração) bem abertos! Foi aí que percebi uma química, uma sintonia perfeita entre nós. Sendo redundante, que nosso “elo de ligação” seria eterno, para além da morte.

Começamos a caminhar, a sonhar juntos; a tropeçar, a cair juntos; a nos levantar e seguir em frente, sempre juntos. Choramos juntos nos tombos e derrotas; vibramos juntos nas conquistas e vitórias. Começamos a escrever uma história.

Você se tornou meu grande exemplo, meu muro de arrimo, e a inspiração para minhas rimas. Vê-lo demudar o alvo em pó – em pleno movimento no céu – no Campeonato de Skeet (tiro ao prato), me enchia de alegria e orgulho, como também o respeito que tinha pelos valores morais: integridade, honestidade, justiça, gratidão, empatia, família etc.

A minha admiração era tanta que, mesmo não sendo tão chegado em futebol, passei a torcer pelo seu time – o Verdão, passando a roer as unhas quando o Palmeiras entrava em campo.

Sim, me apaixonei por um homem 28 anos mais velho que eu. Não tenho vergonha, mesmo porque esse homem, com agá maiúsculo, é, foi e sempre será você, meu querido e amado pai, Alcides Trombin! A saudade dá um solavanco, provoca um grande estrondo, abre um rombo gigantesco e faz o maior estrago no meu peito, como o disparo de uma cartucheira calibre 12!

Geraldo Trombin
Publicitário e Escritor