Cotidiano & Existência
Homenagens em vida
Por Gisela Breno
23 de julho de 2024, às 13h39
Link da matéria: https://liberal.com.br/colunas-e-blogs/homenagens-em-vida/
Celebrar as pessoas, enquanto elas estão vivas, é um ato não apenas de sabedoria, mas de profunda humanidade.
Em nossa jornada pelo Universo, encontramos criaturas, que deixaram marcas poderosas e indeléveis em nossas existências. Seus gestos de retidão e de bondade, suas palavras de encorajamento, seus sábios conselhos e seu altruísmo, foram responsáveis por nos tornarem seres humanos mais dignos.
No entanto, tomados pela rotina, pelos afazeres diários, pelo corre-corre do dia-a-dia, nos esquecemos de expressar nossa gratidão e reconhecimento por aqueles, que ofereceram valiosas contribuições e até mesmo influenciaram na construção da pessoa, que nos tornamos.
Homenagear alguém enquanto vivo, é lhe proporcionar a oportunidade de sentir o impacto, que ele (ela) teve no mundo. É permitir a constatação de suas ações, por menores que possam parecer, fizeram e continuam fazendo uma diferença monumental na vida de outros. É dar-lhe a chance de colher o reconhecimento e o bem que semeou.
Há valor imenso em mostrar gratidão a quem nos cerca, e essa gratidão não pode e nem deve ser guardada para momentos de despedida. Esperar até que a vida se esgote para reconhecer o valor de alguém, é uma enorme injustiça
Não esperemos! Celebremos nossos pais, nossos amigos, nossos mestres e todos aqueles, que tornaram nossas vidas mais plenas e significativas. Brindemos suas realizações, suas lutas e seus sonhos. Porque homenagear alguém enquanto está vivo é, na verdade, celebrar a própria vida. É reconhecer que, no grande mosaico da existência, cada pessoa tem um lugar insubstituível.
PS: minha inspiração para esse texto foi a merecida homenagem feita, no domingo, a Renato Aragão.
Professora, Gisela Breno é graduada em Biologia na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e fez mestrado em Educação no Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo). A professora lecionou por pelo menos 30 anos.