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Histórias do Coração

Salete e Edmilson

Muitos de nós vivemos buscando o amor, mas quantos de nós sabemos dizer quando nos encontramos com ele?

Por Carla Moro

02 de maio de 2021, às 07h00 • Última atualização em 02 de maio de 2021, às 08h07

Salete-e-Edmilson - Foto: Arquivo pessoal

Muitos de nós vivemos buscando o amor. Minhas histórias todos os domingos também são um modo de tentar encontrá-lo. Cada casal que aparece aqui é um fragmento de amor, uma pista no caminho indicando a mim e a cada um que me lê onde esse sentimento pode estar. É sabido, contudo, que nem todos os encontros resultam em amor. Para cada história contada, há outras dezenas que nunca se concretizaram: há pistas que nos levam a lugar nenhum. Não foi o que aconteceu com a Salete e o Edi.

Salete e Edmilson – Foto: Arquivo pessoal

O primeiro encontro desse casal foi na igreja de Santo Antônio. Desconfio que dificilmente qualquer coisa que comece sob a benção de Santo Antônio não termine em casamento. Naquele dia, uma prima do Edi estava casando e ele precisava de uma companhia para a cerimônia e a festa. O que não se sabia mais cedo é que a Salete seria essa companhia.

A Salete também não sabia dos planos quando um primo do Edi, conhecido seu, apareceu em sua casa para buscar bálsamo. A planta foi o pretexto para que o nosso casal pudesse ser apresentado. Os quintais das casas antigas dos bairros antigos de Americana costumavam ser tão grandes que neles cabiam árvores, jardins, hortas e amores prestes a começar. Na horta da casa da Salete havia o bálsamo, embora ninguém precisasse realmente dele naquela tarde. Inventar um pretexto costuma funcionar como uma boa pista para o amor.

O Edi tinha família que morava aqui em Americana, mas ele morava em Santo André. Quando começaram a namorar, esse casal tinha apenas uma noite e um dia na semana para poderem ficar juntos. Na folga do trabalho, o Edi dirigia até Americana. Ele ainda percorreria esse caminho por um bom tempo, inclusive depois que já estavam casados.

As pistas que encontramos no caminho são pistas porque aparecem de repente, quando não esperamos. A Salete não esperava a visita daquele moço com a desculpa de que precisava de bálsamo. Não esperava o convite para ir ao casamento, que ela quase recusou, não fosse a insistência de sua irmã. O pedido de casamento também foi surpresa. Em junho, alguns meses depois de começarem a namorar, o Edi aproveitou o aniversário da Salete para fazer o pedido. A irmã dela foi com ele comprar as alianças, para garantir que o anel serviria. E serviu.

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Quando nasceu, o Edi foi batizado em uma igreja de Nossa Senhora do Carmo. A primeira comunhão, em Santo André, aconteceu na igreja de Nossa Senhora da Salete. Pois bem. Em 19 de outubro de 2002, O Edi casou-se com a Salete na Igreja de Nossa Senhora do Carmo. Aquilo que alguns chamariam de coincidência, eu chamo de pistas. Esse casal conseguiu juntar todas elas para que esse encontro resultasse em amor.

Muitos de nós vivemos buscando o amor, mas quantos de nós sabemos dizer quando nos encontramos com ele? No quintal de uma das casas antigas de um bairro antigo de Americana, havia uma moça que um dia perguntou ao pai: “Como eu vou saber quando estiver amando?”. Ele respondeu que ela saberia, a gente sempre sabe. A Salete era essa moça. O amor chegaria com o moço que precisava de bálsamo. E, então, ela soube.

Quer contar sua história? Mande mensagem no e-mail:
colunahistoriasdocoracao@gmail.com

Carla Moro

Formada em Letras pela Unesp, Carla Moro faz neste blog um registro da trajetória dos casais! Quer sugerir sua história para a coluna? Envie um e-mail para colunahistoriasdocoracao@gmail.com