Histórias do Coração
Amanda e Vinicius
A história do casal começou em 2011, ainda sem nenhuma garantia, como são todos os começos
Por Carla Moro
21 de março de 2021, às 08h35 • Última atualização em 21 de março de 2021, às 09h13
Link da matéria: https://liberal.com.br/colunas-e-blogs/historias-do-coracao-amanda-e-vinicius/
Para essa história, cabe uma breve introdução. O Vinicius me procurou há alguns meses para que eu contasse a sua história de amor. Ele pediria a namorada em casamento e gostaria de usar a história no pedido. Então, o que conto agora é, na verdade, um pedido de casamento. Para saber a resposta da Amanda, é só ler a coluna até o fim!
Dizem que no amor não cabem dúvidas. O amor é a certeza que acalma o coração, é o acreditar mesmo sem garantias. A história que eu conto agora, do Vinícius e da Amanda, começou em 2011, ainda sem nenhuma garantia, como são todos os começos. Apesar de estudarem espanhol juntos, nunca se falaram. Se o amor tem uma língua própria para aqueles que amam, espanhol definitivamente não foi a desse casal.
Em 2018, eles se reencontraram. Era aniversário de uma prima do Vinícius, por coincidência, amiga em comum dos dois. Nesse momento, o Vinícius teve a primeira certeza. Por mensagem, ainda disse à prima: “com a Amanda eu até caso”. Ele me diz que a Amanda é baixinha e tímida, de um sorriso maravilhoso. “Ela me traz para a realidade”. E a realidade de querer estar juntos é a segunda certeza que se pode ter.
Mas a Amanda ainda tinha dúvidas. O Vinicius passou muito tempo tentando marcar o primeiro encontro. Foi preciso muita conversa, muita mensagem, muita vontade. E quando ele já estava quase desistindo, a Amanda aceitou o convite para o cinema. O Vinicius me conta que, já investindo na certeza que ele sentia no coração, para esse primeiro encontro, ele comprou roupa nova, uma rosa de chocolate e ainda baixou uma playlist inteira do Jorge e Mateus, a dupla sertaneja preferida da Amanda. E ele nunca gostou de sertanejo.
Se o amor é construído na certeza, os sonhos também são. Eu ouço o Vinicius dizer que a Amanda acredita nele e que, juntos, esse casal tem construído um futuro inteiro. Estudaram, compraram casa e têm sido melhores amigos desde que se reencontraram. A amizade também é uma certeza. Eu perguntei ao Vinicius o que era o amor. Ele me respondeu sem nem pensar: amor, pra mim, é a Amanda. A Amanda, para o Vinicius, é certeza.
Quando as amigas da Amanda diziam que o Vinicius era muito emocionado, acho que elas tinham razão. Não é possível amar sem se emocionar. Não é possível amar sem permanecer. E o Vinicius permaneceu, primeiro como amigo, insistindo naquele primeiro encontro. Depois, como namorado, que faz o pedido de namoro usando corações de post-it. Permanecer também é certeza.
Emocionado, o Vinicius me diz que a Amanda é terra à vista. Terra à vista, mais uma vez, é a certeza de ter chegado. O capitão só avisa aos marinheiros sobre a terra à vista quando enxerga o primeiro pedaço de terra. Nem antes, nem depois. O amor da Amanda e do Vinicius é a certeza da chegada, e uma chegada juntos. Sempre juntos.
O aviso de terra à vista é uma afirmação que nasce com a certeza. Um pedido também pode ser uma certeza, mas a sua resposta nunca é. Uma pergunta supõe sempre mais de uma resposta possível. Amanda, o Vinícius tem uma pergunta para você.
Há pouco mais de uma semana, o Vinícius fez a pergunta. E a Amanda deu a única resposta possível: sim.
Formada em Letras pela Unesp, Carla Moro faz neste blog um registro da trajetória dos casais! Quer sugerir sua história para a coluna? Envie um e-mail para colunahistoriasdocoracao@gmail.com