Um ano após o primeiro caso de coronavírus confirmado no Brasil, o País assiste ao recrudescimento da pandemia da Covid-19, que atinge o mais grave cenário já registrado até então. Durante a semana que passou, foram muitas e por todos os cantos as notícias de hospitais lotados e de adoção de medidas mais restritivas.

Cidades como Araraquara e Dracena, no interior paulista, apareceram como exemplos do colapso do sistema de saúde, com a saturação de leitos para tratar as vítimas da doença.

Ainda na mesma semana em que o Brasil registrou o maior número de mortes diário desde o início da pandemia, o governo do Estado anunciou, de maneira confusa, uma medida denominada de “toque de restrição”, para conter aglomerações noturnas e, em tese, intensificar a fiscalização, algo que desde o começo da quarentena se demonstrou praticamente inefizes para conter as transgressões.

O avanço da pandemia pela região se mostra mais contido, mas igualmente preocupante. Na edição deste sábado, o LIBERAL mostrou aumento na ocupação de leitos hospitalares de Americana.

Em reunião durante a semana, prefeitos pediram aumento de leitos em Santa Bárbara d’Oeste e em Campinas, município cujo sistema de saúde dá sinais gravíssimos de saturação.

Dada a ligação social e econômica da metrópole com as cidades do polo têxtil, há risco considerável de o cenário por lá chegar por aqui nos próximos dias, ainda mais diante das suspeitas da circulação de uma variante supostamente mais transmissível do coronavírus.

Medidas mais duras de restrição já se mostram como necessárias, já que é nula a expectativa de que toda a população encare da maneira como deveria os cuidados para se proteger do vírus e já que a vacinação, sabotada pelo governo federal, caminha a passos lentos. Espera-se, porém, que tais medidas surjam antes que o contador das vítimas ganhe velocidade. Proteja-se.