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Estúdio 52

‘The Handmaid’s Tale’ começa a correr atrás do próprio rabo

Primeiros episódios da quarta temporada passam impressão de déjà-vu ao repetir situações já vividas anteriormente

Por Rodrigo Alonso

06 de maio de 2021, às 14h33

A situação pode mudar daqui para frente, mas, após os três primeiros episódios da quarta temporada de “The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia)”, a sensação é de que tudo voltou à estaca zero.

Em vez de evoluir e direcionar a história para um novo caminho, a série começou a correr atrás do próprio rabo. Por ora, não há indicação de um futuro, e a trama passou a ficar, de certa forma, cansativa.

Foi legal quando, na primeira temporada, “The Handmaid’s Tale” focou nos horrores de Gilead, país fictício criado por estadunidenses extremamente conservadores. Mas, agora, perdeu a “graça”.

A série já está na quarta temporada e, mesmo assim, ainda mantém a imagem de sofrimento contínuo, com apenas alguns lampejos de satisfação. Passa até uma impressão de déjà-vu – a partir daqui, cuidado com spoilers.

Série mantém a imagem de sofrimento contínuo, com apenas lampejos de satisfação – Foto: Reprodução

Nas temporadas anteriores, June Osborne (Elisabeth Moss) já fugiu, foi capturada, torturada e depois voltou a vestir vermelho. E, nos últimos episódios lançados, a cena se repete, mas com um terror ainda mais intensificado.

Enquanto deixa de ir para frente, a série também vai perdendo seu tom crítico, tão presente, principalmente, na primeira temporada.

“The Handmaid’s Tale”, como se sabe, apresenta uma realidade em que mulheres perdem todos seus direitos. Não podem nem mesmo ler. No meio disso, existem as aias, que são estupradas para gerarem filhos.

As ideias, no início, foram muito bem apresentadas. No entanto, como não há mais novidade quanto a isso, as críticas já deixaram de ser o chamariz da série.

Mais uma vez, June Osborne foi capturada, torturada e voltou a vestir vermelho – Foto: Reprodução

O que se quer ver, agora, é a história tomar um rumo, seja ele qual for. E não faltam elementos para que isso aconteça.

Guerra
Paralelamente a esses pontos criticados, a quarta temporada destaca o impacto da ação que levou 86 crianças de Gilead para o Canadá.

Esse resgate abriu a possibilidade de uma guerra entre os dois países. Porém, os eventos anteriores da série já deixaram claro que é impossível fazer previsões.

A única certeza é que a perda de crianças causou um abalo significativo em Gilead, o que pode deixar o país ainda mais perigoso. Tudo isso dá margem para grandes mudanças na história, mas não vai servir de nada se elas não forem colocadas em prática.

Rodrigo Alonso

Repórter do LIBERAL, está no grupo desde 2017. É “fifeiro” desde criança e, se puder, passa horas falando de filme e série, então nada melhor do que unir o útil ao agradável.

Estúdio 52

Quer saber sobre aquela série que está bombando na internet? Sim, temos. Ou aquele jogo que a loja do seu console vai disponibilizar de graça? Ok. Curte o trivial e precisa dos lançamentos do cinema? Sem problema, é só chegar.