Sonic 2 é um filme bom para se assistir com a família e para quem é fã do jogo. O grande destaque vai para a ótima interação e construção de Tales, Knucles e Sonic.

Além deles, a continuação tem ótimos personagens e segue com a ideia do primeiro filme sem que seja necessário tê-lo assistido para compreender esse novo. Ele garante risadas do público infantil e principalmente do adulto, com várias piadas que dialogam diretamente com essa faixa etária.

O único problema, talvez, seja justamente esse. É que, ao contrário do primeiro longa, cuja grande maioria das cenas conseguem agradar a todas as idades, esse é feito de momentos.

Em alguns, temos todo o público todo engajado. Outros, por sua vez, só têm graça e são mais bem compreendidos pelos adultos, o que deixa a criança “esperando pelo momento em que o Sonic vai aparecer”, e isso deixa qualquer pai, ou tia, no meu caso, um pouco ansioso no cinema.

Parte dessas piadas envolvem, inclusive, referências a outros filmes, séries e personagens do mundo dos cinemas e da vida real, o que torna o humor bem construído.

Em termos de referência, Sonic 2 é mais visualmente conectado com o jogo da Sega do que Sonic: The Hedgehog. A roupa do Dr. Robotnik, seu robô gigante, o enredo de origem e até a caracterização dos embates entre os ouriços e o vilão.

Esse trio, Tales, Sonic e Knucles, vêm direto dos jogos para encantar o público e atendem às expectativas de qualquer fã da franquia de games. São bem construídos, cativantes, e fazem o espectador desejar por mais cenas de interação entre eles.

Talvez seja por todos esses motivos que Sonic 2 se tornou a maior bilheteria de abertura de um filme sobre games na história. Por conta do sucesso, o diretor, Jeff Fowler, comentou ainda que pretende fazer uma série spin-off com o personagem Knucles, o équidina.  A produção estaria ainda em fase inicial.