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Estúdio 52

Outer Range – crítica

Série do Amazon Prime entrega boa trama, que mistura faroeste e ficção científica, mas demora para engrenar

Por Diego Juliani

10 de maio de 2022, às 17h52 • Última atualização em 21 de dezembro de 2023, às 17h30

Demora um pouco até você entender do que se trata Outer Range, a nova série do Amazon Prime. Protagonizado por Josh Brolin, o seriado empaca no seu início, mas vale a pena insistir.

Josh Brolin é o protagonista da trama, que se passa em uma fazenda nos EUA – Foto: Amazon Prime_Divulgação

Vendida como um faroeste envolto em suspense, com pitadas fortes de ficção científica, Outer Range conta a história de uma família dona de uma fazenda no Wyoming, que guarda um grande segredo. Logo no primeiro episódio, descobrimos que um buraco surgiu no pasto oeste da propriedade, sem razão aparente. O fenômeno passa então a ser motivo de cobiça, incredulidade e medo.

A série tem um ritmo cadenciado, dando espaço para suas estrelas, e aqui deve-se destacar o trabalho poderoso de Josh Brolin e Imogen Poots, que dá vida a uma mulher acampada naquelas terras. Ambos carregam o roteiro com maestria, elevando cada nuance de seus papéis – de um lado o típico cowboy americano, em contraponto a uma jovem misteriosa, doce em alguns momentos, mas assustadora.

Imogen Poots é Autumn, uma jovem envolta em mistérios – Foto: Amazon Prime_Divulgação

Menção honrosa também para Lili Taylor, que interpreta a mulher do personagem de Brolin, e que desnuda ao longo da trama todo o peso de manter a família unida em meio aos inevitáveis destroços do caminho.

Do outro lado temos o núcleo dos Tillersons, o clã da fazenda vizinha, liderado pelo excelente Will Patton que pretende a todo custo comprar parte das terras dos rivais.

A angústia e o ódio entre ele e Royal Abbott, vivido por Brolin, marcam boa parte do seriado – dois homens semelhantes, mas ao mesmo tempo distintos em suas motivações.

Lili Taylor interpreta a mulher de Brolin, e é um dos destaques do elenco – Foto: Amazon Prime_Divulgação

Com fotografia impecável e trilha sonora à altura, Outer Range entrega até a sua metade episódios mornos, com certas cenas impactantes, elevando exponencialmente a tensão até o clímax dos dois últimos capítulos.

Porém, ao chegar lá, apela para o caminho mais fácil ao entregar uma boa conclusão, mas que não traz nada de novo ao gênero, e com inúmeras pontas soltas, claramente visando uma segunda temporada.

Will Patton é o líder da família rival, os Tillersons – Foto: Amazon Prime_Divulgação

Em muitos momentos o seriado lembra uma fórmula bem estabelecida por Dark, da concorrente Netflix, que fez muito barulho enquanto perdurou. Contudo, com um pano de fundo tão diferente e sem encerrar seu ciclo, fica difícil dizer se o programa será bem-sucedido.

Permanece a expectativa pelo anúncio de uma segunda leva de capítulos, o que só vai se confirmar se a audiência der a resposta positiva.

Nota: 3,5 de 5,0

Diego Juliani

Editor do LIBERAL, está no grupo desde 2010. Fã de um bom cinema com pipoca, séries que não dão sono e saudosista dos games dos anos 90, o que já entrega sua idade.

Estúdio 52

Quer saber sobre aquela série que está bombando na internet? Sim, temos. Ou aquele jogo que a loja do seu console vai disponibilizar de graça? Ok. Curte o trivial e precisa dos lançamentos do cinema? Sem problema, é só chegar.