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Estúdio 52

5 vs 2: 5 motivos para ver ‘Sword Art Online’

Disponível na Netflix, confira abaixo os motivos pelos quais você deveria, ou não, conferir SAO

Por Maíra Torres

22 de março de 2021, às 16h16

Sword Art Online, ou SAO, é um dos universos mais famosos do mundo dos animes e mangás. Na trama, Kirito e outros 10 mil jogadores que compraram o jogo de MMORPG (Massively Multiplayer Online Game, no estilo Role Playing Game) chamado Sword Art Online se veem presos na realidade virtual após colocarem um capacete que permite a entrada na plataforma.

Em SAO, os personagens secundários cativam tanto quanto os principais – Foto: Divulgação

Enquanto seus corpos vegetam no mundo real, seus personagens no jogo precisam sobreviver e chegar até o 100º andar nas masmorras de Aincrad e derrotar o boss, isso, claro, sem deixar sua vida chegar a zero. Se isso acontecer ou alguém tentar retirar o capacete no mundo real, seu cérebro é fritado pelo aparelho.

A prisão dos jogadores na realidade é proposital e organizada pelo criador do jogo, Akihiko Kayaba, que tirou o botão de “Logout”. Dentro do jogo, é possível formar equipes e aliados. Lá, Kirito conhece Asuna, uma jovem entre os melhores jogadores – assim como ele – e também faz amigos e inimigos, em busca de voltar para o mundo real.

Ao todo, a série tem 4 temporadas, cujas 3 primeiras, junto com o spin-off, estão disponíveis na Netflix. Dados os detalhes, só nos resta ir ao 5 vs 2 e descobrir 5 motivos para assistir Sword Art Online e 2 para não assistir.

Atenção, o texto abaixo possui leves spoilers (de situações gerais, não de acontecimentos específicos).

5 motivos para mergulhar de cabeça em Sword Art Online

1- Bom roteiro

A sinopse, por si só, deixa qualquer espectador curioso. SAO tem uma proposta diferente e envolvente, que desafia o espectador a nunca esperar menos do vilão e desenvolvedor do jogo, Akihiko Kayaba, e de outros personagens secundários, que estão sob uma situação limite em busca da sobrevivência.

Jogadores precisam chegar até o 100º nível e derrotar o boss para saírem do jogo – Foto: Divulgação

Sword Art Online consegue passear diversas vezes pelos gêneros de drama, ação, romance e até suspense. Os momentos de tensão são bem construídos e até balanceados com os “slice of life”, que são aqueles cotidianos, que mostram partes simples do dia a dia.

Outras produções tentaram repetir a proposta e não conseguiram alcançar o sucesso do anime, o que nos faz acreditar que ele deve, sim, ter “algo especial”. Um exemplo é “Alice in Borderland”, da Netflix.

Outro ponto positivo de SAO é que todas as situações propostas são plausíveis, dentro da realidade do anime. Não há a famosa “solução fácil” ou magia que justifique os acontecimentos, e possíveis vilões, traições e mortes são aceitáveis, dadas as circunstâncias.

2- Tem romance

O romance se mistura bem à história e ao cenário de lutas, batalhas e sobrevivência. O amor, na verdade, é bem tratado como um lado essencial e natural que os jogadores acabam desenvolvendo diante da perspectiva de talvez nunca mais sair do jogo.

O relacionamento principal, entre Kirito e Asuna, é do tipo que constrói e agrega ao desenvolvimento dos personagens, sem cair nos clichês de “a menina é incrível e precisa salvar o rapaz toda vez”, ou “a menina é uma personagem fraca e precisa ser protegida pelo rapaz”. Os dois são ótimos, o tempo todo.

Esse amor entre Kirito e Asuna é, também, um meio para serem quem gostariam de ser, livres para construir uma vida juntos, diferente das dificuldades que seriam vistas no mundo real, como escola, trabalho, dinheiro, a própria idade ou a condição social.

É preciso dizer, por fim, que existem vários momentos “kawaii”, com beijos (o que por si só é uma raridade em vários animes), e que deixam os espectadores com o coração quentinho, pensando “ai ai ai viu, que casal”.

3- Boas batalhas

Como sugere o nome do anime, existem muitas lutas de espadas, duelos e, claro, morte. Na realidade de SAO, os jogadores precisam ir subindo as masmorras, que são os níveis, e ir derrotando os inimigos e chefões que aparecem, coletando tesouros e ganhando experiência e bônus.

Todos os episódios, portanto, tem batalhas, sendo que a maioria é envolvente, pela qualidade gráfica, roteiro de ataques e situações interessantes. Outro fator ótimo são as circunstâncias em que os personagens são colocados, entre atacar e pegar o bônus da fase para si, na frente dos seus amigos, ou ter que se fazer de isca, e talvez morrer, para colocar um plano em prática.

O que deixa tudo mais emocionante é que, em diversos momentos, personagens fortes e que ocupam o status de “secundário” por um tempo, morrem. Quem assiste, portanto, sempre é surpreendido e não fica na zona segura de acreditar que um personagem relevante não irá morrer, só porque é relevante.

4- Não romantiza o drama e levanta boas questões

No universo online, às vezes acidentes acontecem e jogadores morrem, também no mundo real. No decorrer dos episódios, é possível ver o sofrimento das famílias que esperam por seus entes, presos com o capacete do jogo virtual.

Caso o Nervegear fosse retirado da cabeça sem finalizar o jogo, os jogadores eram mortos – Foto: Divulgação

Também não são ocultados os casos de suicídio de pessoas que não souberam lidar com o fato de precisarem avançar num jogo onde elas não têm habilidades. O mesmo acontece com aqueles que desistem de voltar à realidade e começam a constituir família e abrir negócios dentro do jogo.

Todos esses pontos levantam questões que fazem o espectador se perguntar o que é loucura dos jogadores e o que “faz sentido”.  A ideia de SÃO não é romantizar a situação com o encanto de se estar em uma realidade virtual, mas mostrar o quão tenebrosa ela na verdade é, por levar milhares de jovens a perderem a vida de maneiras simples, trágicas, ou até em sacrifício pelos companheiros que conheceram durante o jogo.

5- Tem, na verdade, dois bons arcos em uma única temporada

Como o anime é adaptação do mangá, a primeira temporada de Sword Art Online ficou encarregada de abordar os dois primeiros arcos da série: Aincrad, dos episódios 1 ao 14, e Fairy Dance, entre o 15 e 25. Mesmo com a mudança de cenário, um contexto é a continuação direta do outro, e por isso, ficam coerentes e bem amarrados.

O visual dos personagens muda em Fairy Dance – Foto: Divulgação

O fato de existirem esses dois universos é bom, porque repete a ideia de entrar em um outro jogo de realidade virtual, mesmo após a experiência traumática de Sword Art Online, mas dessa vez, por vontade própria de um dos personagens: Kirito.

No entanto, apesar de Fairy Dance trazer novos personagens e ser também um novo desafio interessante, o universo de Aincrad deixa saudades e pega os desavisados de surpresa, querendo a fase anterior de volta. Não por ser ruim, mas pela outra ser muito boa.

2 motivos para segurar as expectativas e não assistir SAO

1- Continuações

Sword Art Online é muito bom. O problema, no entanto, também é esse. Por ser muito bom, fica difícil continuar o sucesso e fazer uma sequência no mesmo nível. Esse é um problema conhecido, cujo qual SAO infelizmente não escapou.

A segunda temporada, intitulada Sword Art Online II, e que também inicia de um novo arco do mangá, introduz o universo de Gun Gale Online, um jogo de tiro, onde Kirito, mestre em realidades virtuais, entra para investigar um jogador, Death Gun.

Universo de Gun Gale Online dividiu fãs. Foto: Divulgação – Foto: Divulgação

Mesmo sendo considerado um spin-off,  não dá exatamente para  ignorar SÃO II sem grandes danos, já que Gun Gale Online é um universo que perdura ao longo das temporadas e, também, por retratar os dois arcos seguintes do anime, “Phantom Bullet”, “Callibur” e “Mother’s Rosario”.

A continuação, portanto, não faz juz à expectativa com aque se cria com a qualidade do primeiro arco de Aincrad e até decepciona alguns dos fãs, já que a proposta que fisgou a maioria não se repete.

2- Falta explorar o melhor arco da história

No primeiro arco, em Sword Art Online, os jogadores precisam ir avançando nas fases subindo as masmorras, que vão até o 100º nível. Como desde o início da história, até o romance entre os personagens e o avanço dos grupos de combate para chegar ao final, foi retratado em 15 episódios, faltou um pouco de profundidade.

Em um episódio, os jogadores estão no 10º andar. No próximo, o tempo passou e o episódio já começa com eles no 32º, por exemplo. Esse avanço rápido da história, e até compreensível, fez com que vários fãs se questionassem em como são alguns dos andares mencionados, quais os desafios que os personagens passaram para avançar tanto, e até mais detalhes de jogadores secundários, que aparecem brevemente mas também cativam.

As lutas nas masmorras são as partes mais apreensivas – Foto: Divulgação

Também não é possível ver alguns dos grupos de jogadores tentando passar os níveis e falhando, ou até sobrevivendo. Para quem assiste, é possível acompanhar o que acontece, mas falta esse “algo mais”.

Maíra Torres

Repórter do Liberal, produtora do Gold Morning e apresentadora do Resumo Gold na FM Gold. Entusiasta de animações desde que aprendeu a abrir os olhos e otaku recém-nascida. A doida que assiste três filmes seguidos no cinema.

Estúdio 52

Quer saber sobre aquela série que está bombando na internet? Sim, temos. Ou aquele jogo que a loja do seu console vai disponibilizar de graça? Ok. Curte o trivial e precisa dos lançamentos do cinema? Sem problema, é só chegar.