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Estúdio 52

3ª temporada de ‘Sex Education’ defende a liberdade de cada um ser o que é

Nova etapa da série explora diferentes orientações sexuais e tem como ponto forte o desenvolvimento de Adam

Por Rodrigo Alonso

29 de setembro de 2021, às 14h14 • Última atualização em 29 de setembro de 2021, às 14h15

Lily Iglehart (Tanya Reynolds) é um exemplo de variedade de estilos – Foto: Sam Taylor / Netflix

Não existe corpo certo para a roupa certa. Não existe comportamento adequado para X, mas não para Y. E não existe nenhum problema em gostar ou falar de sexo. O sexismo vai na contramão dessas afirmações, mas a terceira temporada de Sex Education veio para reforçá-las.

Disponibilizada pela Netflix neste mês, a nova etapa da série apresenta uma abordagem diferente em comparação às anteriores. Em vez de focar em dicas de como ter uma relação sexual saudável, essa última temporada defende, principalmente, a liberdade de cada um ser o que é.

O protagonista, claramente, continua sendo o hétero Otis Milburn (Asa Butterfield). No entanto, as atenções, agora, são mais divididas com pessoas de outras orientações sexuais.

Inclusive, foi introduzido um personagem não-binário, que, para quem não sabe, não se identifica exclusivamente como homem ou mulher.

Estamos falando de Cal Bowman (Dua Saleh), que, por causa de seu modo de vestir, entra constantemente em conflito com a nova diretora do Colégio Moordale, a conservadora Hope Haddon (Jemima Kirke).

Cal Bowman (Dua Saleh) está entre as novidades da terceira temporada – Foto: Sam Taylor / Netflix

Tratada como uma espécie de vilã, Hope assume o cargo com o objetivo de eliminar a fama de “escola do sexo”, adquirida após o musical erótico realizado no final da segunda temporada.

Seu objetivo tem certa coerência, pois o futuro do colégio depende do fim dessa reputação. Porém, seus métodos conservadores e autoritários são extremamente nocivos.

Nova diretora da escola apela para métodos conservadores e autoritários – Foto: Sam Taylor / Netflix

Essa postura gera um incômodo em boa parte dos alunos, e “Sex Education” usa esse embate entre estudantes e direção como pano de fundo para realçar diferentes estilos e personalidades.

No final das contas, Hope prega uma uniformidade impraticável, simplesmente porque ninguém é igual. E isso fica evidente na série.

Ponto alto
No meio de toda essa discussão, essa nova fase do seriado tem como alto o desenvolvimento de Adam Groff (Connor Swindells), o filho do ex-diretor da escola. Conhecido nas temporadas anteriores por ser um causador de problemas, o personagem ganhou novas facetas nesses últimos episódios.

Emoções de Adam Groff (Connor Swindells) são cada vez mais exploradas – Foto: Sam Taylor / Netflix

Homossexual recém-assumido, ele mantém um relacionamento de altos e baixos com o carismático Eric Effiong (Ncuti Gatwa). Enquanto se redescobre sexualmente, Adam também lida com sua dificuldade de comunicação e passa a remodelar seu comportamento, até mesmo para se encaixar em sua nova realidade.

Suas emoções também são cada vez mais exploradas ao longo da temporada. E tudo isso o transforma no personagem mais interessante da temporada, que vale a pena ser conferida.

Nota: 3,5 de 5

Rodrigo Alonso

Repórter do LIBERAL, está no grupo desde 2017. É “fifeiro” desde criança e, se puder, passa horas falando de filme e série, então nada melhor do que unir o útil ao agradável.

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Quer saber sobre aquela série que está bombando na internet? Sim, temos. Ou aquele jogo que a loja do seu console vai disponibilizar de graça? Ok. Curte o trivial e precisa dos lançamentos do cinema? Sem problema, é só chegar.