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Esfarelando

Por Katya Forti

13 de agosto de 2020, às 08h15

No repositório das experiências vividas, certamente por inúmeras vezes, nos deparamos com aquelas em que, por razões diversas, nos sentimos como se estivéssemos dentro de um processador. Literalmente triturados e moídos pelas circunstâncias. Esfarelando, como se fossemos bolachas.

E por que isso acontece? Porque fazemos parte de uma sociedade, que no sentido mais estreito do termo, nos obriga a agir como se fossemos máquinas. Prazos cada vez mais curtos, minutos contados no relógio, metas a serem atingidas, protocolos, documentos. Isto sem falar no estresse ocasionado pelo trânsito cada vez mais caótico nas grandes cidades, que invariavelmente também nos atinge.

Os tempos modernos ocasionam um distanciamento de nossa porção humana, a partir do momento em que a racionalidade impera, com ares de superioridade. E diante de tudo isso, espremido e sufocado, está nosso estado emocional.

E não há como ser diferente, uma vez que é ele quem comanda tudo.

Ao menor sinal de contrariedade, tensão, as nossas células dão sinal de alerta e o corpo grita.

E somos levados a reconhecer que algo não está como deveria.

Como evoluir é um caminho sem volta, a gente vai aprendendo dia após dia e descobrindo uma força que até então desconhecíamos.

Para trazer alento, nada como as canções, que sempre nos ensinam algo de bom.

“Se você pretende saber quem eu sou, eu posso lhe dizer. / Entre no meu carro, na estrada de Santos, e você vai me conhecer. /Você vai pensar que eu não gosto nem mesmo de mim / E que na minha idade, só a velocidade anda junto a mim / Se acaso numa curva / eu me lembro do meu mundo / eu piso mais fundo / corrijo num segundo / não posso parar”.

Katya Forti é pedagoga

Colaboração

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