24 de abril de 2024 Atualizado 19:16

8 de Agosto de 2019 Grupo Liberal Atualizado 13:56
MENU

Publicidade

Compartilhe

Editorial

Ensino integral ampliado

Em Americana, governo estadual vai transformar 14 escolas em ensino integral a partir de 2022; tornar sistema viável e com resultado será desafio

Por Redação

18 de julho de 2021, às 08h42 • Última atualização em 18 de julho de 2021, às 08h45

Em um anúncio efusivo nesta semana, o governador João Doria revelou um aumento expressivo no número de escolas estaduais que passarão ao sistema integral de ensino, no qual o estudante passa um tempo maior dentro das unidades e tem contato com disciplinas que vão além do português, matemática e outras do currículo tradicional.

Na rede abrangida pela Diretoria Regional de Ensino de Americana, que inclui, além da cidade-sede, Santa Bárbara d’Oeste e Nova Odessa, o chamado PEI (Programa de Ensio Integral) teve a adesão de 38 escolas. Até então, eram apenas 14.

Em Americana, o sistema será adotado pelas escolas Profª. Anna Maria Lucia de Nardo Moraes Barros, Profª. Antonieta Ghizini Lenhare, Profª. Delmira de Oliveira Lopes, Maestro Germano Benencase, Dr. João de Castro Goncalves, Prof. João Solidário Pedroso, Monsenhor Magi, Prof. Marcelino Tombi, Profª. Maura Arruda Guidolin, Profª. Leny Apparecida Pagotto Boer, Profª. Maria Lucia Padovani de Oliveira, São Vicente de Paulo, Profª. Sebastiana Paie Rodella e Prof. Wilson Camargo.

O ensino integral tem sido a grande aposta na educação pública estadual, como os próprios números demonstram. A quantidade de escolas que passarão para o sistema a partir de 2022 é o maior já anunciado. E, como toda decisão governamental, enfrenta críticas.

Os que fazem ressalvas ao modelo apontam o risco de evasão escolar, por exemplo, já que os estudantes podem se ver com opções reduzidas para trabalhar durante o dia e estudar à noite. Reclama-se ainda da condição estrutural das escolas, que devem bancar o acolhimento dos alunos por volta de nove horas por dia.

A expansão, entretanto, mostra um avanço positivo em outro ponto criticado do sistema, de que o ensino integral era privilégio de escolas frequentadas por estudantes de boa renda ou baixa vulnerabilidade social. A nova ampliação estende o formato agora para unidades de perfis diversos de alunos e famílias, no que pode se considerar um teste para a rede pública.

O resultado depende, como sempre, de investimento e acompanhamento por parte dos gestores do ensino no Estado. Não basta deixar um aluno ou professor por horas em uma sala de aula sem que, de fato, haja incentivo e reconhecimento ao que é feito, o que, em termos de educação pública no País é um grande desafio. Os próximos anos, portanto, dirão se haverá um novo padrão na escola estadual.

O Liberal

Neste blog, você encontra a opinião do Grupo Liberal por meio dos textos editoriais. Há mais de 70 anos, no coração e no espírito, compromisso com a verdade.