O mundo em que vivemos poderia estar hoje muito melhor. E toda a população também, não fosse certo cancro com ferida aberta expelindo pus. Seu nome? Corrupção contínua, que atinge a todos.

Que desgraça tem sido quanto ao subdesenvolvimento. Que atraso. Que impatriotismo. Que vergonha. Que duro destino!

Sua prática difusa e constante, refere-se ao desvio sorrateiro do dinheiro dos impostos para fins particulares, favorecendo o enriquecimento ilícito e refere-se também às excessivas mordomias das elites políticas e empresariais. Enquanto isso, o povo que contribui com o pagamento em dia recebe menos que o necessário para uma vida digna e saudável. É só a gente observar a fome que cresce a cada dia, favelas, desemprego e muita mendicância.

O povo não inventou esse cancro cruel. Pelo que se sabe, ele perpassa os continentes como presente diabólico, talvez para testar a retidão do caráter das cúpulas. E está presente no mundo. Em todos os lugares este sistema é aperfeiçoado pelos meliantes públicos e privados e utilizado à larga.

Então as nações se desenvolvem de maneira bem mais lenta quando, se não existisse, a cidadania seria mais abrangente e palatável dentro de padrões cristãos.

Temos como curar essa doença? Pelo que ouve, lê e vê, você mesmo tem a resposta. De vez em quando, por alguma brecha na lei e por defensores regiamente pagos, alguns corruptos escapam das punições e conseguem usufruir desse montante sujamente amealhado, rindo na nossa cara de eleitores paspalhos e anarfas, como somos definidos.

Pilheriando o Brasil sofre muito pouco com esse cancro, graças à honradez dos nossos políticos e à vigilância do nosso povo certeiro ao votar desde a implantação da República, e do caráter impoluto dos nossos representantes. E você duvida disso?

João Rodella, do Espaço Literário Nelly Rocha Galassi