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Em defesa do Mercosul

Por Liana Lourenço Martinelli

25 de julho de 2021, às 09h17 • Última atualização em 25 de julho de 2021, às 09h18

Criado há 30 anos, o Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (atualmente suspensa), é fruto da redemocratização dos seus países-membros e foi concebido com a intenção de fortalecer a economia e o bem-estar das populações. A ideia era criar uma área de livre-comércio, mesmo com imperfeições, gerando um grande mercado comum, com os produtos do bloco podendo circular livremente, com consequente barateamento de custos e aumento do consumo por meio do estabelecimento de uma tarifa externa comum (TEC).

O produto interno bruto (PIB) do Mercosul chegou a US$ 4,4 trilhões em 2019, o que o coloca como a quinta maior economia do mundo. Isso não é pouco. Portanto, é importante que este bloco se mantenha unido para viabilizar a retomada da economia dos seus países-membros. Ocorre que essas nações têm perfis diferentes, tanto em termos de política econômica e saúde fiscal quanto em orientação ideológica, o que atrapalha o seu desenvolvimento.

O governo brasileiro defende medidas de modernização com mudanças de regras para destravar acordos bilaterais. Entre as medidas propostas estão a redução da TEC do Mercosul e o fim da regra que exige unanimidade para a tomada de decisões. Neste caso, o governo argentino é totalmente contrário.

A melhor saída, porém, seria pensar coletivamente, proporcionando maior unidade ao bloco. A redução de barreiras, a maior segurança jurídica e a transparência das regras também irão facilitar a presença do País nas cadeias globais, com geração de mais investimentos, emprego e renda. Não devemos, porém, confundir o Brasil com seu presidente atual. Ele vai passar, mas o acordo vai ficar.

Liana Lourenço Martinelli é advogada, pós-graduada em Gestão de Negócios e Comércio Internacional

Colaboração

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