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Dia Internacional das Pessoas com Deficiência: obstáculos sociais

Por Awdrey Kokol

03 de dezembro de 2020, às 09h15 • Última atualização em 03 de dezembro de 2020, às 13h57

Dia 03 de dezembro é comemorado o dia internacional da pessoa com deficiência, abreviado conhecidamente como PCD. É interessante considerar que a própria terminologia da palavra esteve em constante processo de mutação, haja vista a transformação e evolução social que promoveu a forma de compreender o tema. Pessoas com deficiência já foram chamadas de defeituosas, inválidas ou até mesmo excepcionais, na história mais recente atribuía-se denominação de pessoa portadora de necessidades especiais, termo este que também sucumbiu a nomenclatura hoje acatada pela Organização das Nações Unidas em 2006.

A mudança se dá justamente para fortalecer a conscientização de que pessoas com deficiência demandam um tratamento desigual para que possam alcançar a equidade, e que sejam reduzidas as barreiras da acessibilidade (transporte, arquitetura, comunicação, educação, empregabilidade), o termo portador de necessidades especiais no fundo, propunha uma perigosa sensação de igualdade que anulava as injunções sociais e as dificuldades que somente as pessoas com deficiência sofriam.

Mas quem dera a mudança da terminologia resolvessem todos os problemas, em que pese a existência de ações afirmativas para a promoção de igualdade, a falta de empatia e de informação sustentam muitos desafios nos setores públicos e privados para que tem algum tipo de deficiência.

Uma boa forma de começar a pensar em práticas que reflitam na melhoria das condições de vida de pessoas com deficiência é exercer a empatia, experimente se colocar no lugar de surdos, cegos, cadeirantes, pessoas com síndrome de down, autistas e pergunte-se quantas e quais dificuldades você encontrou.

Não é a característica deficiente que impede o pleno acesso à direitos sociais como educação, cultura, saúde e lazer, mas sim o preconceito e ignorância enraizados na sociedade. Os obstáculos não são fisiológicos, mas sim sociais.

Awdrey Kokol é mestre em Direito, advogada e professora universitária

Colaboração

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