As cidades da RPT (Região do Polo Têxtil), assim como todo o Estado de São Paulo, vivem uma semana de expectativa pelo próximo passo na campanha de vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19). Depois de mais de sete meses de avanço na imunização de adultos, dia após dia, desde idosos com mais de 90 anos até aqueles que recém chegaram à maioridade após completarem 18, está perto a vez de adolescentes, que tem entre 12 e 17 anos, começarem a ter acesso aos imunizantes.

Trata-se de uma passagem de bastão dentro de um processo que serve de orgulho nacional. As vozes obscurantistas, calcadas no anticientificismo, podem fazer barulho o suficiente para serem notadas, mas não o necessário para impedir um movimento cultural, enraizado em nossa população desde os primeiros dias de vida de cada indivíduo.

Somos uma nação sabedora da importância da vacina no controle de doenças. Esse movimento estruturado numa plataforma de saúde pública universal, como é o SUS (Sistema Único de Saúde), faz lembrar aquilo que a população local tem de melhor a oferecer ao mundo, um sopro de civilidade e esperança frente a dias tão sombrios como aqueles causados pela pandemia.

Americana, até a última sexta-feira, vacinou mais de 90% da população com mais de 18 anos com pelo menos uma dose de alguma das vacinas contra a Covid-19, e caminha a passos largos para atender a meta do Ministério da Saúde sem sobressaltos: repetir pelo menos esse percentual também entre aqueles com esquema vacinal completo.

A demonstração de agilidade e o senso de urgência com o tema reforçam na população a percepção de que este é um ato que não dá para ser deixado para depois. Manter-se neste mesmo patamar com o novo grupo não terá outro resultado senão a segurança de quem mora aqui para a retomada de dias e rotinas menos restritivas.