A segunda década dos anos 2000 chega ao fim com dias de grande preocupação e expectativa. A crise do coronavírus encontra-se novamente em um estágio crítico em todo o País e em diversos lugares do mundo, o que fez com que o governo estadual anunciasse, na terça-feira, um recrudescimento das medidas de prevenção.

Nas últimas quatro semanas, no Estado, o número de casos positivos da Covid-19 cresceu 54%; as internações, 13%; e os óbitos, 34%. Em Americana, a presença do vírus também está em alta. Só em dezembro, já foram notificados cerca de 1,3 mil novos casos, patamar semelhante ao de julho, por exemplo. Ao menos 21 pessoas morreram pela doença, e as internações voltaram a subir nos hospitais da cidade.

Diferente de meses passados, porém, o comportamento da população nos dias atuais é totalmente inverso ao que se teve durante o inverno. Apesar das recomendações, houve uma perceptível baixa da guarda entre setembro, outubro e novembro, quando a pandemia recuou e os governos afrouxaram a fiscalização já pouco eficiente.

Com o retorno das infecções, a guarda continuou baixa. Há uma mistura de cansaço da quarentena, desconfiança sobre o vírus e expectativa pela vacina que, agregada ao clima festivo de final de ano, pode ser demasiadamente fatal. Não há, de maneira alguma, entretanto, de se subestimar a pandemia. As festas de Natal e Ano-Novo serão, infelizmente, um teste para isso, que poderá reprovar muita gente com tragédias familiares.

Por isso, o conselho é claro: nestas próximas semanas, cuide de si e de sua família com afinco. Caso insista em se reunir para as comemorações, não se deixe levar pelo negacionismo e faça de forma imensamente cuidadosa e consciente, temendo que o pior possa vir acontecer. Sobreviver aos riscos, na esperança por dias melhores, talvez seja, neste 2020, o significado de um feliz Natal e também de um feliz Ano Novo.