Cotidiano & Existência
Felicidade
Urge assumirmos que a nossa felicidade é um estado de espírito que deve ser diariamente cultivado
Por Gisela Breno
21 de setembro de 2021, às 13h24 • Última atualização em 21 de setembro de 2021, às 13h26
Link da matéria: https://liberal.com.br/colunas-e-blogs/cotidiano-existencia-felicidade/
Filhos somos da era denominada digital onde as fronteiras espaciais e temporais dissolvidas foram pelo extraordinário desenvolvimento tecnológico.
Filhos somos de uma cultura geradora de um fluxo interminável de informações.
Filhos somos de um tempo em que o desenvolvimento científico proporciona ao Homo sapiens tecnologia, poder e conhecimentos para manipular, modificar, incursionar pelos genes dos seres vivos, até então enclausurados em suas células, guardiãs de sua identidade, de seus segredos, de seus mistérios de sua razão de ser e existir.
E se fácil e velozmente o Homo sapiens não encontra tantos obstáculos para chegar a qualquer parte da Terra ou explorar outros planetas, o território humano talvez seja o espaço ainda por ele nem desvendado, tampouco apropriado.
Temos diante de nós a exemplar e contundente mestra denominada pandemia que, incessantemente nos ensina que a vida é fugaz, rara e que o tempo que nos resta nessa passagem pelo Universo não deve ser desperdiçado.
Urge arrombarmos o armário de nossa existência para vestirmos o traje de gala talhado para sermos nós mesmos e assumirmos que a nossa felicidade é um estado de espírito que deve ser diariamente cultivado.
Basta de culparmos os outros e as circunstâncias pela nossa infelicidade, fracassos, pelas nossas mazelas.
Não é oque acontece conosco que nos torna felizes ou infelizes mas a forma, o modo como reagimos, como lidamos com os acontecimentos de nossas vidas.
E porque não existe felicidade o tempo todo e sim momentos felizes, assim que neles estivermos ajamos feito criança que agarra com força, alegria e doçura o presente, que saboreia a existência como sorvete que transborda deliciosamente pela boca para que, ao fecharmos definitivamente nossos olhos, nossa alma possa se regozijar com aquele corpo, com aquela mente que ela habitou.
Professora, Gisela Breno é graduada em Biologia na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e fez mestrado em Educação no Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo). A professora lecionou por pelo menos 30 anos.