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Coronavírus e Telemedicina

Por Ricardo Silveira

02 de abril de 2020, às 13h01 • Última atualização em 27 de abril de 2020, às 13h04

Cientificamente estamos diante de mais um surto viral, se observarmos a história da nossa civilização nos lembraremos de catástrofes como a varíola (século 18), a gripe espanhola (1918) e mais recentemente a gripe aviária e gripe suína. O surto da virose recentemente designada Covid-19 é causado pelo coronavírus que “transbordou” recentemente de outra espécie animal. O mecanismo descrito como “transbordamento” ocorre quando um vírus, que está restrito a uma espécie, ganha características (mutações) e passa a nos infectar.

Nosso grande problema: aproximadamente 60% da população do planeta será infectada, destes, a minoria, terá a forma mais grave. Numericamente esta minoria trata-se de um grande número de idosos e portadores de cardiopatias, que podem esgotar qualquer sistema de saúde do mundo.

O que fazer? Teríamos que lançar mão da tecnologia para manter o atendimento aos pacientes com doença crônica e aos idosos e ao mesmo tempo mantê-los em isolamento.

Por que fazer? Dados atuais mostram que quanto mais estáveis e bem controlados os pacientes crônicos e idosos (cardiopatas) estejam, menor a gravidade e a mortalidade.

Como fazer? Em março, o CFM (Concelho Federal de Medicina) legalizou provisoriamente o atendimento médico por telefone e mídias digitais (WhatsApp e Skype). Acredito que a Telemedicina seja então uma grande arma. A manutenção do acompanhamento e orientação aos pacientes crônicos (portadores de hipertensão, diabetes, arritmias e etc) fará com que eles estejam mais resistentes no caso de um contágio pelo coronavírus.

Me dispondo a atender pela Telemedicina, estou fortemente unido a esta corrente, que toma todas as medidas científicas para sanar esta pandemia. Com grande otimismo e esperança na capacidade humana. “Somos capazes de grandes feitos se estivermos unidos”. Tudo vai passar, e após estes tempos difíceis estaremos mais fortes e enobrecidos com a lição.

*Ricado Silveira é médico cardiologista

Colaboração

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