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Coronavírus e fome, agentes da morte

Por Dirceu Cardoso Gonçalves

23 de abril de 2021, às 07h35

A Covid-19 tirou o mundo dos eixos. Não bastando os lockdowns, quarentenas e outras providências de afastamento pessoal cujos resultados são pelo menos inconclusivos, pois têm aumentado em vez de diminuído os infectados, doentes e mortos, ainda se verifica problemas de ordem comportamental. Começou, no ano passado, com os políticos tentando levar vantagens rumo às eleições de 2022. Houve quem pretendesse chegar à presidência da República, governos estaduais e até as prefeituras de suas cidades, como resultado das atitudes e visibilidade adquiridos no decorrer da crise sanitária. Parece que não deu.

De outro lado, encontramos os aproveitadores de plantão, que se tornaram párias, maus exemplos e até casos de polícia ao furar a fila da vacinação.
O auxilio emergencial do governo federal – que em vez dos R$ 600 do ano passado hoje vai de R$ 150 a R$ 375 – não saiu para muitos que o aguardavam e hoje tem seus cadastros devolvendo a informação “em análise”. A antecipação do 13º salário que o ministro Paulo Guedes e o presidente Jair Bolsonaro vêm anunciando desde o começo do ano também ainda não saiu, e o povo se endivida. Precisam os governos federal, estaduais e municipais e todas as forças econômicas capazes, além do Judiciário e do Legislativo, remarem todos para um mesmo destino com o objetivo de evitar o caos.

As trocas de acusações entre os políticos é o item insólito desse quadro de horrores. Necessário se faz buscar providências para aplacá-la e, com isso, evitar uma possível revolução famélica que, além de desunama, se ocorrer, vai jogar por terra a nossa imagem e reputação, além dos conflitos que serão inevitáveis e também poderão custar vidas. Quem tiver pelo menos um pouco de juízo e puder fazer algo, que o faça já, antes que a convulsão social se torne realidade…

Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da Aspomil (Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo)

Colaboração

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