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Presença Digital

Como prevenir-se das fake news?

Antes de clicar no botão “compartilhar”, são necessários alguns simples cuidados que poderão diminuir a circulação destas notícias

Por Ronnye Freitas e Ricardo Forti

21 de janeiro de 2022, às 07h16 • Última atualização em 21 de janeiro de 2022, às 07h17

O termo fake news se tornou notório em meados de 2016, com a corrida presidencial dos Estados Unidos. Naquela ocasião, duelavam a então candidata Hillary Clinton com o candidato Donald Trump, que veio a ser eleito. Durante a campanha eleitoral americana daquele ano, ambos os candidatos utilizaram o termo para atacar seus oponentes dizendo serem vítimas da difusão de informações falsas por parte dos adversários.

De maneira geral, podemos dizer que as fake news são notícias falsas publicadas por pessoas em redes sociais, veículos de comunicação ou outros grupos, passando-se como se fossem informações reais. Esse tipo de conteúdo pode ter vários objetivos, como o de legitimar uma ideia, prejudicar uma pessoa ou grupo concorrente, e até mesmo conseguir com que um site tenha mais visitas, dado o poder de viralizar alguns conteúdos deste tipo.

De qualquer forma, o advento das redes sociais e também dos aplicativos multiplataformas de mensagens instantâneas como o WhatsApp, possibilitaram que qualquer informação, independente dela ser verdadeira ou falsa, pudesse ser compartilhada por qualquer pessoa ou instituição.

Atualmente, há um amplo debate que busca trazer luz a toda essa situação, já que se por um lado, divulgar informações falsas é uma coisa totalmente incorreta e pode prejudicar uma pessoa ou um grupo, por outro lado, o fim da liberdade de expressão, tão caros a nossa sociedade, pode ser colocada em risco na ânsia pelo controle da informação, trazendo de volta com esse controle o velho e temido “fantasma da censura”.

Mas afinal, o que pode ser considerado fake news?

  • Histórias que têm alguma verdade, mas não são totalmente precisas. Por exemplo, um jornalista cita apenas parte do que um determinado político diz, dando uma falsa impressão de seu significado. Novamente, isso pode ser difundido, para convencer os leitores de um determinado ponto de vista, ou pode ser o resultado de um erro técnico.
  • Histórias que realmente não são verdadeiras. São histórias inteiramente inventadas, projetadas para fazer as pessoas acreditarem em algo falso, comprar um determinado produto ou visitar um determinado site.

Porém, a ser impactado com alguma informação ou notícia, antes de clicar no botão “compartilhar”, são necessários alguns simples cuidados que poderão diminuir a circulação destas notícias. São eles:

1. Sempre verifique a fonte

Se você se deparar com uma história de uma fonte da qual nunca ouviu falar antes, pesquise. Verifique o endereço da web da página que você está lendo. Erros de ortografia em nomes de empresas ou extensões pouco utilizadas como “.info” e “.io”, em vez de “.com” ou “.com.br”, podem significar que a fonte é suspeita.

Procure informações sobre o autor ou o editor. Você o conhece, é familiar? Eles são conhecidos por sua experiência sobre o assunto?  Caso não saiba muito sobre ele, pare alguns instantes e pesquise sua reputação e experiência profissional.

Algumas pessoas vão mais além e às vezes criam páginas da web, cópias de jornais ou imagens “manipuladas” que parecem oficiais, mas não são. Então, por exemplo, se você ver um post suspeito que parece ser do Governo Federal, por exemplo, verifique o próprio site da governamental para verificar se a informação realmente está lá.

2. Examine as evidências

Uma notícia confiável incluirá muitos fatos – citações de especialistas, dados de pesquisas e estatísticas oficiais, por exemplo, ou relatos de testemunhas oculares detalhados, consistentes e corroborados de pessoas no local. Se estes estiverem faltando, é bom questionar.

Assim, tente entender se as evidências provam que algo definitivamente aconteceu ou se os fatos foram selecionados ou “distorcidos” para apoiar um ponto de vista específico.

3. Verifique outros relatos da mesma notícia

Tente buscar a informação em outras fontes de notícias antes de chegar à conclusão de que elas são falsas. Não fazer isso pode ser tão imprudente quanto seguir todos os rumores ou teorias da conspiração.

Agências de notícias tradicionais tendem a ser mais assertivas, já que, em tese, têm diretrizes editoriais rigorosas e extensas redes de repórteres treinados, então são um bom lugar para começar. Mas lembre-se, principalmente nos dias de hoje, ninguém é imparcial, e qualquer um pode cometer erros.

4. Desenvolva uma mentalidade crítica

Muitas notícias falsas também são escritas para criar impacto, ou seja, uma forte reação instintiva, como medo ou raiva. Isso significa que é essencial que você mantenha sua resposta emocional a essas histórias sob controle. Em vez disso, aborde o que você vê e ouve de forma racional e crítica.

Pergunte a si mesmo: “Por que esta história foi escrita? É para me persuadir de um determinado ponto de vista? Está me vendendo um produto específico? Ou está tentando me fazer clicar em outro site? Lembre-se, muitas vezes a informação está totalmente estruturada através de gatilhos mentais que buscam nos persuadir a clicar no botão “compartilhar” logo depois de ler a manchete.

5. Use sempre o “bom senso”

Tenha em mente que as notícias falsas são projetadas para “alimentar” seus preconceitos, esperanças ou medos. Por exemplo, é improvável que sua marca favorita esteja dando milhares de produtos grátis para as pessoas que visitam suas lojas.

Da mesma forma, algumas notícias fogem totalmente da realidade, bastando uma análise um pouco mais profunda e calma para perceber que tal informação é improcedente ou, no mínimo, duvidosa.

Ronnye Freitas / Ricardo Forti

Tudo o que você precisa saber sobre como empreender na internet, por Ronnye Freitas e Ricardo Forti, sócios de uma agência de marketing em Americana