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Brasil, falta de água e apagão

Por Dirceu Cardoso Gonçalves

28 de setembro de 2021, às 07h18

O s reservatórios das hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem com 70% da geração de eletricidade do País, atingem o menor nível. Nesse mesmo período, em 2001, o volume de água nas represas era de 21,8% e pode descer a 10% em novembro. Isso coloca a comunidade e o mercado em alerta porque todos conhecem os problemas de um apagão. Suspende a atividade econômica e produtiva e a população fica em desconforto.

Somos cada dia mais dependentes da eletricidade. Incorporamos a nossas vidas pessoais, profissionais e ao ambiente, novos equipamentos que tornam mais fáceis as atividades e a produção, mas em contrapartida consomem eletricidade e, quando param, levam ao caos.

Lâmpadas incandescentes, de alto consumo, foram substituídas pelas flourescentes, de mercúrio, sódio, e mais recentemente, as de LED, mais eficientes e menos consumidoras. Os equipamentos tiveram motores substituídos por peças econômicas.

Diferente de 20 anos atrás, quando tivemos o maior apagão da história do Brasil, temos hoje mais fontes alternativas, sendo a principal delas as usinas termoelétricas que são acionadas quando há a escassez de água nas hidrelétricas. A desvantagem é que esse tipo de energia custa mais caro.

Apesar dos investimentos que se faz no setor há pelo menos 130 anos – a primeira usina hidrelétrica brasileira é de 1889 – o Brasil tem dificuldades para avançar. O setor foi inicialmente explorado pela iniciativa privada, depois estatizado e agora o governo luta para privatizar a Eletrobras. A energia de origem hidrelétrica responde com 63,8% da geração brasileira, seguida de 9,3% de energia eólica (do vento), 8,9% de biomassa e biogás e 1,4% solar.

O setor carece de investimentos. A água tem uma quantidade definida e ainda sofre a escassez causada pelas estiagens. Os ventos e o sol são menos suscetíveis a essas variações. É por isso que precisamos aumentar os investimentos nas fontes alternativas de eletricidade.

Dirceu Cardoso Gonçalves é dirigente da Associação de Assistência Social dos Policiais militares de SP

Colaboração

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