vinda do presidente Jair Bolsonaro (PL) a Americana, decidida de última hora às vésperas da Sexta-Feira Santa, provocou uma mobilização operacional e popular. Carregado por uma motociata promovida por seus apoiadores, o presidente arrastou milhares de pessoas para o Parque de Eventos do CCA (Clube dos Cavaleiros de Americana), sede da Festa do Peão, nesta sexta-feira.

Antes, obrigou que autoridades de trânsito e de segurança se organizassem para garantir o trajeto de milhares de motociclistas no comboio que partiu de São Paulo até a região pela Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), das mais importantes vias do País, que teve mais de 100 quilômetros interditados para o evento. O governo estadual estimou a operação em cerca de R$ 1 milhão, dinheiro que sairá dos cofres públicos.

A passagem de Bolsonaro por Americana, no entanto, poderia ter rendido mais em termos institucionais, algo que poderia agradar a todos. Como era de se esperar, o presidente fez da motociata, em tom de campanha eleitoral, mais uma forma de interação com seu eleitor e não com a população de forma geral, que depende das ações de qualquer governo, independente da ideologia.

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O primeiro, definitivamente, saiu contente de ver o velho discurso de ataques às instituições, ao sistema eleitoral e à esquerda. Já o segundo talvez pudesse ter recebido o anúncio de recursos para o município, que tanto pena para bancar seus próprios gastos, especialmente os de maior monta, como na Saúde e na Educação.

Restou ao prefeito Chico Sardelli (PV) apenas tentar passar o chapéu, buscando ajuda para projetos como o da despoluição da Represa do Salto Grande, da recuperação e transformação da Gruta Dainese e investimentos para o Aeroporto Municipal, que convive com problemas estruturais.
A esperar se a visita resultará em alguma benesse.