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Cotidiano & Existência

Sobre Guerras

Por Gisela Breno

01 de março de 2022, às 17h25 • Última atualização em 01 de março de 2022, às 18h21

No livro ‘O Último Voo do Flamingo,’ o escritor moçambicano Mia Couto diz que “a guerra nunca partiu, filho. As guerras são como as estações do ano: ficam suspensas, a amadurecer no ódio da gente miúda.”

Ao contrário dos “doutores” que opinam sobre quaisquer assuntos e brotam como geração espontânea no WhatsApp e nas redes sociais, humildemente reconheço a minha ignorância para discorrer com conhecimentos e propriedade sobre os conflitos entre Rússia e Ucrânia.

Entretanto concordo com o genial Mia Couto que as guerras amadurecem na mente de gente miúda, gente que não se constrói com a argamassa do altruísmo.

É preciso cultivar nos lares, nas instituições políticas, religiosas e empresariais saberes e práticas que realimentem a seiva de humanidade que irriga o nosso ser para que as floradas de compaixão sustentem, amparem, promovam todo ser humano vindo a esse Planeta para realizar breve travessia.

É preciso que os espaços escolares, devidamente estruturados, partejem educandos preparados para a complexidade da vida e do viver e não para os apelos sedutores e impositores de grande parte do mercado.

É preciso auscultar nossa essência para que possamos extirpar a desesperança, a resignação, o egocentrismo, que tomaram conta de nós.

É preciso beber das fontes de onde jorram ensinamentos que nos desviem dos caminhos que levam aos horrores dessa e de outras guerras que os seres desumanos ardilosamente tramam e tramaram ao longo da História.

Basta de atrocidades!!!

Gisela Breno

Professora, Gisela Breno é graduada em Biologia na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e fez mestrado em Educação no Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo). A professora lecionou por pelo menos 30 anos.