Quando penso em tudo que passamos em 2020 a primeira coisa que vem à mente é a música de Gilberto Gil “Andar com fé eu vou, que a fé não costuma faiá”. Nesse ano, a fé em dias melhores foi o que fez todo o mundo levantar da cama, mesmo que fosse para não sair de casa. Uma vez Albert Einstein disse que só há duas maneiras de viver a vida. “A primeira é vivê-la como se os milagres não existissem. A segunda é vivê-la como se tudo fosse milagre”. Parece que esse ano, ficamos com a segunda opção.
Como explicar o trabalho incansável dos profissionais de saúde? Como ver idosos sobrevivendo à Covid-19, mesmo com todas as probabilidades contrárias? A quem atribuir o mérito de pessoas com 90% dos pulmões comprometidos saírem de Unidades de Terapia Intensiva depois de dias entubadas? Como o alimento chegou às casas de milhões de pessoas impossibilitadas de trabalhar por conta do isolamento? Como passar ileso e com saúde por uma pandemia que matou milhares de pessoas em todo o mundo?
Independentemente de religião e até mesmo da religiosidade, esse ano a fé não “faiou”. Mesmo os céticos precisaram acreditar, se não em Deus ou em alguma divindade, na ciência e na humanidade.
Em resumo, 2020 foi o ano em que as pessoas entenderam a necessidade da fé. Sendo assim, mais do que nunca, o momento da virada certamente será marcado por diversas manifestações em prol desse sentimento único e responsável por nos mover até aqui.
Seja de branco, fazendo uma simpatia, beijando seu amor, comendo (ou não comendo) uma comida específica, sozinho ou acompanhado, em festa ou em oração, virar o ano terá um significado real, de mudar de página e revirar a vida.
Por tudo isso, vale ressaltar que o primeiro passo para fazer um 2021 melhor, começa com o acreditar que ele pode ser, assim como os nossos entrevistados desse especial costumam fazer, cada um a sua maneira, porém todos com muita fé. Sigamos o exemplo e tenhamos todos um Feliz Ano Novo.

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