Há um ano, em editorial publicado neste mesmo espaço, o LIBERAL elencava necessidades de uma Americana que vinha de uma crise financeira, administrativa e política sem precedentes. Aos 144 anos, o município enfrentava dificuldades com educação, saúde e saneamento básico, em situações pontuais, mas que provocavam prejuízos à população na época. Doze meses depois, o cenário é mais do que inesperado. E tão difíceis quanto o que já vivemos são os desafios que virão pela frente.

Completando 145 anos nesta quinta-feira, a antiga Villa Americana vive as consequências da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), uma situação imprevisível, mas de repercussão inestimável. Sua economia, imensamente ativa e marcada pela força da indústria, se desgasta e luta para se sustentar diante das restrições que a pandemia provoca. Na educação, pilar da formação de uma sociedade consciente, há o desafio de se ensinar por telas, de maneira digital. A saúde se desdobra para dar conta da ameaça invisível, que, apesar do descrédito de muitos sobre a gravidade que carrega, continua fazendo vítimas.

Neste novo ano, porém, o momento para Americana é de escolha. As eleições municipais de novembro devem marcar uma nova época para a cidade. É preciso que a população, consciente do que precisa e do que busca em seus representantes, pense, na hora do voto, em quem demonstre transparência, conhecimento e compromisso com Americana para, quem sabe, tenhamos em 2021 um aniversário de 146 anos em tempos mais esperançosos.

Mesmo com toda a crise, a Americana de hoje é melhor do que a de alguns anos atrás. Torná-la um lugar ainda mais agradável de se viver não deve ser apenas um desejo ou sonho, mas uma tarefa para toda a comunidade, a começar pelos que a lideram. O LIBERAL é um dos que se comprometem com esse objetivo.