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Editorial

Ameaças intoleráveis

Por Redação

16 de junho de 2020, às 07h49

O embate entre bolsonaristas e extremistas contra o STF (Supremo Tribunal Federal) começa a render ações mais incisivas dos dois lados. Na noite do sábado, cerca de 30 apoiadores do presidente Jair Bolsonaro atiraram fogos de artifício contra o prédio do Supremo. O grupo, que prega o fechamento da corte e do Congresso, fez ofensas e ameaças.

Nesta segunda, uma decisão do ministro Alexandre de Moraes mandou prender seis pessoas integrantes do movimento de extrema direita Os 300 do Brasil, que no mês passado realizou uma manifestação no STF em que os participantes carregavam tochas. Entre os alvos da ação, estava a ativista Sara Winter, que lidera o movimento. Sua prisão se deu no contexto de um inquérito que apura a realização de atos antidemocráticos, mas ela também é um dos alvos da investigação sobre a disseminação de fake news.

Neste inquérito, Sara foi alvo de mandado de busca e apreensão no mês passado. Na ocasião, ela prometeu infernizar a vida do ministro Alexandre de Moraes. Em uma entrevista após a operação, a ativista já chegou a afirmar que há integrantes do grupo que têm armas, o que despertou a atenção das autoridades com um suposto grupo de atividades paramilitares.

A radicalização a que o País vem assistindo é preocupante na medida em que, muitas vezes, coincide com os ideais do presidente Jair Bolsonaro e de seus asseclas, como o ministro da Educação Abraham Weintraub, que está com os dias contados após ataques ao Supremo e de uma inútil passagem pelo ministério.

Há uma diferença entre críticas, às quais nem o presidente nem os ministros do STF estão imunes, e ameaças, que tentam minar o estado democrático de direito com pedidos de intervenção militar e prisão para membros da corte. É intolerável o clima bélico que se instala no País por agitação de minorias extremistas.

O Liberal

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