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Cotidiano & Existência

Amazônia: belezas, mortes e destruições

Por Gisela Breno

21 de junho de 2022, às 11h51 • Última atualização em 22 de junho de 2022, às 09h38

Só com uma licença poética, pode-se dizer que a Amazônia é o pulmão do mundo. Na verdade, os pulmões do mundo são as algas marinhas que, produzindo mais oxigênio do que precisam, liberam o excesso no ambiente.

A magnífica Amazônia abriga o conjunto de ecossistemas que correspondem à Floresta Amazônica e à Bacia Amazônica.

É uma região de superlativos, nela se encontram a maior biodiversidade do mundo, a maior floresta tropical , a maior bacia hidrográfica do planeta e em seu ventre corre o rio mais caudaloso .

É território ancestral, é território de belezas, de lendas e sacralidade; mas, ao longo do tempo, tem sido território de exploração predatória de suas riquezas, de povos e culturas dizimados por invasores e colonizadores, de garimpos, caça e pescas ilegais, de desmatamentos, de tráfico de drogas, e de lutas. Muitas lutas e muito sangue derramado.

Os assassinatos brutais de Bruno Pereira e de Dom Phillips, ganharam espaço e voz nas mídias basicamente por Bruno ser um funcionário da Funai e Dom, um conhecido jornalista britânico.

Corpos indígenas, corpos de ativistas ambientais desconhecidos e de defensores dos povos originários, são jogados na vala do esquecimento, do descaso, frutos do desmonte de órgãos e políticas públicas de proteção do meio ambiente e do reconhecimento dos direitos dos povos indígenas.

Que o canto entoado por Bruno:“Wahanararai wahanararai / marinawa kinadih / tubarini hidja-hidjanih / hidja-hidjanih , seja o mantra da Pátria Mãe, que nutre seus filhos com justiça,liberdade, compaixão, equidade.

Gisela Breno

Professora, Gisela Breno é graduada em Biologia na Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e fez mestrado em Educação no Unisal (Centro Universitário Salesiano de São Paulo). A professora lecionou por pelo menos 30 anos.