Em reportagem exclusiva neste sábado, o LIBERAL mostrou em números um cenário da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que tem se espalhado por diversos locais do mundo. O novo avanço das infecções, com altas em diagnósticos, internações e mortes, ocorre a partir da contaminação pelo vírus de pessoas mais jovens, dentre outros fatores.

Em uma análise das informações divulgadas pela Prefeitura de Americana dos casos confirmados da doença, foi possível notar que, em novembro, a proporção de infecções por faixa etária se tornou maior, pela primeira vez, entre os que têm entre 19 e 30 anos. Até então, a liderança dentre os grupos de contaminados se dava na faixa dos 31 aos 40 anos no município.

A flexibilização das restrições da quarentena, aliada ao cansaço do isolamento, levou uma grande quantidade de jovens a abusar da rotina em tempos de pandemia. As máscaras foram deixadas de lado e as aglomerações ocorrem com a maior normalidade do mundo, desrepeito que não há fiscalização suficiente para conter, como em Americana, cuja equipe já é reduzida.

Espera-se que a imunização venha com brevidade e que as disputas políticas não se juntem ao descaso popular em favor da proliferação do coronavírus

A cada dia que passa, portanto, se torna mais difícil contar com a colaboração da população e não se vê outra saída que não pela vacina. Nesta semana, a imunização foi tema de novos embates políticos entre o governo federal e estadual. Nos planos do primeiro, a expectativa é de que a vacinação comece em março. No do segundo, espera-se em janeiro.

Tendo em vista o cenário, a agilidade é bastante necessária. Ter uma vacina em três meses enquanto países como o Reino Unido devem começar a imunizar nesta semana parece um tempo demasiado longo. Mas a vacina que vier primeiro não pode presumir de toda a segurança possível para ser aplicada. Espera-se que a imunização venha com brevidade e que as disputas políticas não se juntem ao descaso popular em favor da proliferação do coronavírus.