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Editorial

A vacina possível

Por Redação

13 de janeiro de 2021, às 07h51

Após ser cobrado por mais detalhes dos estudos sobre a eficácia da CoronaVac, o governo estadual e o Instituto Butantan vieram a público nesta terça-feira, em mais uma coletiva de imprensa, dar novas informações sobre o imunizante.

Desta vez, as autoridades relataram a chamada eficácia global, que ficou em 50,38% no estudo clínico desenvolvido no Brasil. O percentual compreende todos os grupos analisados nos testes e se trata de um dado mais completo em relação às possibilidades de proteção da vacina. Também está no limiar do mínimo exigido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que cobra taxa de 50% de proteção para que uma vacina seja viável.

Na semana passada, o governo estadual já havia feito anúncio sobre a eficácia da vacina, mas sem trazer a questão da eficácia global. Na ocasião, tornou-se público a eficácia parcial, que alcançou 78% de proteção contra casos leves e 100% contra casos moderados ou graves.

Com o novo anúncio desta terça, porém, dois pontos merecem ser destacados. O primeiro é que, por tanta transparência que o governo tenha prezado, a divulgação de um novo percentual, numericamente menor e inevitável de ser posto em comparação com outras vacinas, soou como algo que se parecia tentar minimizar.

A situação leva a novas polêmicas suscitadas pelos que apregoam o descrédito na vacina ou que alimentam a politização do tema e deturpam o trabalho científico. Por que tal divulgação dos percentuais não foi feita de maneira completa? Ter a informação clara é fundamental.

O segundo ponto é que, independente dos anúncios, o que se tem até agora é uma vacina capaz de atuar para minimizar os efeitos da pandemia. Uma vacina possível. Nada impede de, em pouco tempo e com o avançar dos estudos, termos uma vacina melhor. É um excelente começo.

O Liberal

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