Depois de 26 anos, a Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) teve, na semana que passou, concorrência pela presidência. Marcelo Fernandes superou Wagner Armbruster, por 155 votos a 106, em eleição realizada na última quinta-feira, e no próximo dia 1º de julho assume o comando da entidade em um mandato com duração de três anos.

Até este pleito, os escolhidos para dirigir a Acia vinham passando por aclamações, com definição do nome indicado sem a necessidade de submeter mais de uma opção ao crivo dos associados. Apesar da evidente ruptura necessária para que esta sina fosse interrompida – Marcelo Fernandes ocupou o posto de primeiro vice-presidente na gestão de Armbruster – o movimento demonstra interesse e disposição para com o futuro da entidade.

Em seus últimos dias na posição de presidente, Armbruster expôs os argumentos em defesa de sua gestão, no sentido da continuidade, ao passo que Fernandes entendeu que poderia representar outro caminho. Nada mais democrático e civilizado, tanto quanto as manifestações dos concorrentes após o resultado do pleito.

Fernandes reconheceu os desafios de liderar um dos segmentos mais impactados pelas restrições trazidas por mais de dois anos de pandemia – mais da metade do mandato de Armbruster, iniciado em 2019 – e deixou as portas da associação abertas para que integrantes da chapa que foi superada na urna permaneçam ativos na rotina da associação.

Esse é o sentimento que deve prevalecer com a passagem do período eleitoral. Os desafios que se impõem aos comerciantes são diversos, ainda que não sejam exclusivos de hoje, como o contexto econômico do País, o rastro de impactos trazidos pela pandemia e a concorrência representada pelo comércio eletrônico.

As necessidades de cada porta aberta em Americana são urgentes, como definido pela nova primeira vice-presidente, Elza Cassitas Sferra, em entrevista à Rádio Clube (AM 580). E ainda que específicas, poderão ser pacificadas em um ambiente de unidade.