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Editorial

A saúde sob pressão

As consequências do agravamento da pandemia se fazem presentes na região, com hospitais públicos e particulares lotados de pacientes com Covid-19

Por Redação

07 de março de 2021, às 08h39

O noticiário da semana que passou reportou a gravidade da pandemia da Covid-19, que ganhou velocidade nos últimos dias e agora coloca sob pressão os sistemas de saúde da maior parte dos estados brasileiros, inclusive São Paulo, onde há a maior oferta de leitos hospitalares do País.

A expectativa de que o recrudescimento da pandemia viria em uma escalada perigosa se confirma a cada dia. Por vários dias na última semana, por exemplo, São Paulo bateu recordes de pacientes internados infectados pelo novo coronavírus. Enquanto isso, o Brasil registrava picos de mortes diárias. Neste sábado, o número já passava de 262 mil, o equivalente a mais do que toda a população de Americana e quase a de Sumaré.

Os reflexos da pandemia também se fazem presentes na região. Em Americana, os hospitais particulares São Lucas e Unimed, duas referências que atendem a milhares de americanenses e moradores de cidades vizinhas, registraram UTIs lotadas de pacientes doentes com o vírus. Da mesma forma se deu no o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi.

Em Santa Bárbara e Sumaré, as prefeituras correram para ampliar os leitos disponíveis temendo um cenário que pode ser pior nos próximos dias. Em Hortolândia, a expectativa de um “iminente colapso” fez com que o município adiantasse o início da fase vermelha. Nesta cidade, registre-se o adoecimento do prefeito Angelo Perugini (PSD), há mais de um mês internado, na capital paulista, com o vírus.

Não é por acaso que as autoridades de saúde colocaram toda a população sob restrições de circulação. Há uma grave ameaça que volta a atingir com força os municípios e que, desta vez, diferente do primeiro momento da pandemia, no meio do ano passado, parece empurrá-los para mais perto do colapso o sistema de saúde. Isso num cenário de um esperado cansaço das equipes médicas, exemplificados em relatos que o LIBERAL traz neste domingo, em reportagem sobre as mulheres que atuam na linha de frente contra a Covid-19.

É preciso que novos leitos e profissionais sejam providenciados e que os governos sejam incisivos para se fazer cumprir o isolamento social necessário para reduzir a circulação do vírus e resistir a nova onda. Do contrário, muitos sucumbirão.

O Liberal

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