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Memória Eleitoral

A relação com os vices

Na política de Americana, muitos vices não resistiram e a relação de amor se transformou em ódio

Por Reginaldo Gonçalves

25 de outubro de 2020, às 08h18

Na história política de Americana poucos foram os vice-prefeitos que permaneceram durante o mandato ao lado do chefe do Executivo. Muitos não resistiram e a relação de amor se transformou em ódio. Waldemar Tebaldi, que foi eleito quatro vezes como prefeito e no seu último mandato ficou somente dois anos por motivos de saúde, teve uma relação dividida, se assim podemos dizer.

No seu primeiro governo, o vice era o empresário Wladimir Angelino Faé, que resolveu deixar a administração porque se sentiu desprestigiado em algumas questões. Ele também não concordava com a política colocada em prática por Tebaldi. Desta forma, tirou o time de campo.

Tebaldi ganhou um segundo mandato e, em 1988, seu vice era o professor Herb Carlini. Como já contei nesta coluna, uma questão envolvendo a greve dos servidores fez com que o PT deixasse a administração. Herb era do PT, mas foi o único que ficou. Sendo assim, acabou expulso do partido, ganhou a confiança de Tebaldi, seguiu como diretor de Educação e foi indicado para a disputa da sucessão em 1992, filiado ao PDT.

Em 1996, Tebaldi voltou para o terceiro mandato tendo como vice o empresário José Ricardo Duarte Fortunato, pai da atual candidata à prefeita Maria Giovana (PDT). Uma disputa para o cargo de deputado, dois anos mais tarde, gerou atritos, e Zé Ricardo saiu. Ele buscava o apoio de Tebaldi para a vaga de deputado federal, mas o prefeito deu preferência a seu filho, o Tebaldinho. Zé Ricardo deve de se contentar com a vaga para deputado estadual. Nem ele, nem Tebaldinho foram eleitos.

Tebaldi foi reeleito em 2000 e escolheu como vice Erich Hetzl Júnior, que era servidor de carreira e desde o início de 97 foi convidado pelo prefeito para ser o chefe de Gabinete. Tebaldi se afastou por problemas de saúde no início de 2003 e Erich assumiu, sendo reeleito em 2004.

Carroll Meneghel (83 a 88) rompeu com Fernando Vaz Pupo, e Frederico Polo Muller (93 a 96) rompeu com José Chávare. Zé Zázeri ficou até o fim ao lado de Erich, e Seme Calil fez o mesmo com Diego. Nenhum dos dois teve função específica, além de apenas vice. Roger Williams é vice de Omar Najar, mas na prática se transformou em assessor do deputado Cauê Macris há algum tempo.

Reginaldo Gonçalves

O jornalista Reginaldo Gonçalves traz fatos que recontam a história das eleições em Americana e região.